sábado, dezembro 27, 2008

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Feliz Natal

Falavam-me de amor


Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,


menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.



Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.


O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.


Natália Correia


sexta-feira, dezembro 19, 2008

Acordar tarde


Tocas as flores murchas que alguém te ofereceu
quando o rio parou de correr e a noite
foi tão luminosa quanto a mota que falhou
a curva - e o serviço postal não funcionou
no dia seguinte

procuras ávido aquilo que o mar não devorou
e passas a língua na cola dos selos lambidos
por assassinos - e a tua mão segurando a faca
cujo gume possui a fatalidade do sangue contaminado
dos amantes ocasionais - nada a fazer

irás sozinho vida dentro
os braços estendidos como se entrasses na água
o corpo num arco de pedra tenso simulando
a casa
onde me abrigo do mortal brilho do meio-dia

Al Berto

segunda-feira, dezembro 15, 2008

IIº Concurso Bimensal de Fotografia - CIT

IIº Concurso Bimensal de Fotografia
Centro de Interpretação da Torre

Está na altura de anunciar o novo concurso de fotografia do CIT. Este terá por tema A Neve.

A Serra da Estrela oferece neste período paisagens deslumbrantes pintadas de branco que podem e devem ser escritas através da grafia da luz.

Façam-nos chegar todos os momentos que captaram e que tornaram a vossa visita à SE num momento especial e único.

O regulamento do concurso é o mesmo que vigorou e regulou o Iº Concurso de Fotografia do CIT e as datas para entrega dos trabalhos vão do dia 15 de Dezembro 2008 a 15 de Janeiro 2009 sendo que a votação se realizará a partir do dia 15 de Janeiro até dia 15 de Fevereiro. Contamos com a participação de todos.

sábado, dezembro 13, 2008

Luto

Faleceu o anterior Presidente da Junta de Freguesia de Vila do Carvalho
(Jerónimo Berrincha dos Santos)

Sentidas Condolências da Montanha

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Dia Internacional das Montanhas

Food security in mountains

High food prices have caused the number of hungry people in
the world to increase by 75 million. The gravity of the situation
has forced the world to refocus its attention on world hunger.
Mountain communities have been hard hit by the crisis. This
year’s International Mountain Day provides an apt occasion
to highlight the opportunities for addressing the issue of food
insecurity in mountain regions.


http://www.fao.org/mnts/intl_mountain_day_en.asp

A Montanha

Calma, entre os ventos, em lufadas cheias
De um vago sussurrar de ladainha,
Sacerdotisa em prece, o vulto alteias
Do vale, quando a noite se avizinha:

Rezas sobre os desertos e as areias,
Sobre as florestas e a amplidão marinha;
E, ajoelhadas, rodeiam-te as aldeias,
Mudas servas aos pés de uma rainha.

Ardes, num holocausto de ternura…
E abres, piedosa, a solidão bravia
Para as águias e as nuvens, a acolhê-las;

E invades, como um sonho, a imensa altura,
- Última a receber o adeus do dia,
Primeira a ter a bênção das estrelas!


Olavo Bilac

(in Poesia Parnasiana. Antologia. Ed Melhoramentos)

terça-feira, dezembro 09, 2008

...Um cheiro do Inverno ainda no Outono...






Vila do Carvalho - Novembro 2008

e neste dia....

Rapariga na Janela - Salvador Dali


Opiário

Ao Senhor Mário de Sá-Carneiro

É antes do ópio que a minh'alma é doente.
Sentir a vida convalesce e estiola
E eu vou buscar ao ópio que consola
Um Oriente ao oriente do Oriente.

Esta vida de bordo há-de matar-me.
São dias só de febre na cabeça
E, por mais que procure até que adoeça,
já não encontro a mola pra adaptar-me.

Em paradoxo e incompetência astral
Eu vivo a vincos de ouro a minha vida,
Onda onde o pundonor é uma descida
E os próprios gozos gânglios do meu mal.

É por um mecanismo de desastres,
Uma engrenagem com volantes falsos,
Que passo entre visões de cadafalsos
Num jardim onde há flores no ar, sem hastes.

Vou cambaleando através do lavor
Duma vida-interior de renda e laca.
Tenho a impressão de ter em casa a faca
Com que foi degolado o Precursor.

Ando expiando um crime numa mala,
Que um avô meu cometeu por requinte.
Tenho os nervos na forca, vinte a vinte,
E caí no ópio como numa vala.

Ao toque adormecido da morfina
Perco-me em transparências latejantes
E numa noite cheia de brilhantes,
Ergue-se a lua como a minha Sina.

Eu, que fui sempre um mau estudante, agora
Não faço mais que ver o navio ir
Pelo canal de Suez a conduzir
A minha vida, cânfora na aurora.

Perdi os dias que já aproveitara.
Trabalhei para ter só o cansaço
Que é hoje em mim uma espécie de braço
Que ao meu pescoço me sufoca e ampara.

E fui criança como toda a gente.
Nasci numa província portuguesa
E tenho conhecido gente inglesa
Que diz que eu sei inglês perfeitamente.

Gostava de ter poemas e novelas
Publicados por Plon e no Mercure,
Mas é impossível que esta vida dure.
Se nesta viagem nem houve procelas!

A vida a bordo é uma coisa triste,
Embora a gente se divirta às vezes.
Falo com alemães, suecos e ingleses
E a minha mágoa de viver persiste.

Eu acho que não vale a pena ter
Ido ao Oriente e visto a índia e a China.
A terra é semelhante e pequenina
E há só uma maneira de viver.

Por isso eu tomo ópio. É um remédio
Sou um convalescente do Momento.
Moro no rés-do-chão do pensamento
E ver passar a Vida faz-me tédio.

Fumo. Canso. Ah uma terra aonde, enfim,
Muito a leste não fosse o oeste já!
Pra que fui visitar a Índia que há
Se não há Índia senão a alma em mim?

Sou desgraçado por meu morgadio.
Os ciganos roubaram minha Sorte.
Talvez nem mesmo encontre ao pé da morte
Um lugar que me abrigue do meu frio.

Eu fingi que estudei engenharia.
Vivi na Escócia. Visitei a Irlanda.
Meu coração é uma avòzinha que anda
Pedindo esmola às portas da Alegria.

Não chegues a Port-Said, navio de ferro!
Volta à direita, nem eu sei para onde.
Passo os dias no smokink-room com o conde -
Um escroc francês, conde de fim de enterro.

Volto à Europa descontente, e em sortes
De vir a ser um poeta sonambólico.
Eu sou monárquico mas não católico
E gostava de ser as coisas fortes.

Gostava de ter crenças e dinheiro,
Ser vária gente insípida que vi.
Hoje, afinal, não sou senão, aqui,
Num navio qualquer um passageiro.

Não tenho personalidade alguma.
É mais notado que eu esse criado
De bordo que tem um belo modo alçado
De laird escocês há dias em jejum.

Não posso estar em parte alguma.
A minha Pátria é onde não estou.
Sou doente e fraco.
O comissário de bordo é velhaco.
Viu-me co'a sueca... e o resto ele adivinha.

Um dia faço escândalo cá a bordo,
Só para dar que falar de mim aos mais.
Não posso com a vida, e acho fatais
As iras com que às vezes me debordo.

Levo o dia a fumar, a beber coisas,
Drogas americanas que entontecem,
E eu já tão bêbado sem nada! Dessem
Melhor cérebro aos meus nervos como rosas.

Escrevo estas linhas. Parece impossível
Que mesmo ao ter talento eu mal o sinta!
O fato é que esta vida é uma quinta
Onde se aborrece uma alma sensível.

Os ingleses são feitos pra existir.
Não há gente como esta pra estar feita
Com a Tranqüilidade. A gente deita
Um vintém e sai um deles a sorrir.

Pertenço a um gênero de portugueses
Que depois de estar a Índia descoberta
Ficaram sem trabalho. A morte é certa.
Tenho pensado nisto muitas vezes.

Leve o diabo a vida e a gente tê-la!
Nem leio o livro à minha cabeceira.
Enoja-me o Oriente. É uma esteira
Que a gente enrola e deixa de ser bela.

Caio no ópio por força. Lá querer
Que eu leve a limpo uma vida destas
Não se pode exigir. Almas honestas
Com horas pra dormir e pra comer,

Que um raio as parta! E isto afinal é inveja.
Porque estes nervos são a minha morte.
Não haver um navio que me transporte
Para onde eu nada queira que o não veja!

Ora! Eu cansava-me o mesmo modo.
Qu'ria outro ópio mais forte pra ir de ali
Para sonhos que dessem cabo de mim
E pregassem comigo nalgum lodo.

Febre! Se isto que tenho não é febre,
Não sei como é que se tem febre e sente.
O fato essencial é que estou doente.
Está corrida, amigos, esta lebre.

Veio a noite. Tocou já a primeira
Corneta, pra vestir para o jantar.
Vida social por cima! Isso! E marchar
Até que a gente saia pla coleira!

Porque isto acaba mal e há-de haver
(Olá!) sangue e um revólver lá pró fim
Deste desassossego que há em mim
E não há forma de se resolver.

E quem me olhar, há-de-me achar banal,
A mim e à minha vida... Ora! um rapaz...
O meu próprio monóculo me faz
Pertencer a um tipo universal.

Ah quanta alma viverá, que ande metida
Assim como eu na Linha, e como eu mística!
Quantos sob a casaca característica
Não terão como eu o horror à vida?

Se ao menos eu por fora fosse tão
Interessante como sou por dentro!
Vou no Maelstrom, cada vez mais pró centro.
Não fazer nada é a minha perdição.

Um inútil. Mas é tão justo sê-lo!
Pudesse a gente desprezar os outros
E, ainda que co'os cotovelos rotos,
Ser herói, doido, amaldiçoado ou belo!

Tenho vontade de levar as mãos
À boca e morder nelas fundo e a mal.
Era uma ocupação original
E distraía os outros, os tais sãos.

O absurdo, como uma flor da tal Índia
Que não vim encontrar na Índia, nasce
No meu cérebro farto de cansar-se.
A minha vida mude-a Deus ou finde-a ...

Deixe-me estar aqui, nesta cadeira,
Até virem meter-me no caixão.
Nasci pra mandarim de condição,
Mas falta-me o sossego, o chá e a esteira.

Ah que bom que era ir daqui de caída
Pra cova por um alçapão de estouro!
A vida sabe-me a tabaco louro.
Nunca fiz mais do que fumar a vida.

E afinal o que quero é fé, é calma,
E não ter estas sensações confusas.
Deus que acabe com isto! Abra as eclusas —
E basta de comédias na minh'alma!

(No Canal de Suez, a bordo)

Álvaro de Campos

sexta-feira, dezembro 05, 2008

...ânsia impotente de infinito...

O Convertido

Entre os filhos dum século maldito
Tomei também lugar na ímpia mesa,
Onde, sob o folgar, geme a tristeza
Duma ânsia impotente de infinito.

Como os outros, cuspi no altar avito
Um rir feito de fel e de impureza…
Mas um dia abalou-se-me a firmeza,
Deu-me um rebate o coração contrito!

Erma, cheia de tédio e de quebranto,
Rompendo os diques ao represo pranto,
Virou-se para Deus minha alma triste!

Amortalhei na Fé o pensamento,
E achei a paz na inércia e esquecimento…
Só me falta saber se Deus existe!

Antero de Quental

Um ano depois...


Un perro ha muerto

Mi perro ha muerto.
Lo enterré en el jardín
junto a una vieja máquina oxidada.

Allí, no más abajo,
ni más arriba,
se juntará conmigo alguna vez.

Ahora él ya se fue con su pelaje,
su mala educación, su nariz fría.

Y yo, materialista que no cree
en el celeste cielo prometido
para ningún humano,
para este perro o para todo perro
creo en el cielo, sí, creo en un cielo
donde yo no entraré, pero él me espera
ondulando su cola de abanico
para que yo al llegar tenga amistades.

Ay no diré la tristeza en la tierra
de no tenerlo más por compañero
que para mí jamás fue un servidor.
Tuvo hacia mí la amistad de un erizo
que conservaba su soberanía,
la amistad de una estrella independiente
sin más intimidad que la precisa,
sin exageraciones:
no se trepaba sobre mi vestuario
llenándome de pelos o de sarna,
no se frotaba contra mi rodilla
como otros perros obsesos sexuales.

No, mi perro me miraba dándome la atención necesaria
la atención necesaria
para hacer comprender a un vanidoso
que siendo perro él,
con esos ojos, más puros que los míos,
perdía el tiempo, pero me miraba
con la mirada que me reservó
toda su dulce, su peluda vida,
su silenciosa vida,
cerca de mí, sin molestarme nunca,
y sin pedirme nada.

Ay cuántas veces quise tener cola
andando junto a él por las orillas del mar,
en el Invierno de Isla Negra,
en la gran soledad: arriba el aire
traspasando de pájaros glaciales
y mi perro brincando, hirsuto,
lleno de voltaje marino en movimiento:
mi perro vagabundo y olfatorio
enarbolando su cola dorada
frente a frente al Océano y su espuma.
alegre, alegre, alegre
como los perros saben ser felices,
sin nada más,
con el absolutismo de la naturaleza descarada.
No hay adiós a mi perro que se ha muerto.

Y no hay ni hubo mentira entre nosotros.
Ya se fue y lo enterré, y eso era todo.

Pablo Neruda


quarta-feira, dezembro 03, 2008

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência assinala-se hoje

Images of health and disability

A young man, who has been affected by polio, enjoying the beach in Benguela, Angola.
WHO/Bernard Franck
A young man, who has been affected by polio, enjoying the beach in Benguela, Angola.

This striking photo gallery shows how people with different disabilities and health conditions live and work. The photographs make us challenge the very meaning of health. They are a reminder that many people experience some degree of disability at some point in their life.

WHO invited amateur and professional photographers around the world to take part in an international photographic contest with the theme "images of health and disability," and a special focus on disability and work. The contest was organized to demonstrate the implementation of the International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF), which describes health conditions and how people live with them.

The 33 winning photographs in this gallery are a small fraction of the more than one thousand images received.


Health and disability photo gallery

Many people at some time experience some sort of limitation in their functioning due to a health condition. The number of people experiencing disability is increasing due to the rise in chronic diseases, injuries, car crashes, falls, violence and other causes such as ageing. Most people in this situation live in poor conditions without access to basic needs, including rehabilitation services. To improve their lives, WHO is working to:

  • assist countries in developing policies on disability which include community involvement and national rehabilitation programmes;
  • better assess and recognize different health conditions using the International Classification of Functioning Disability and Health;
  • ensure early identification and treatment of those with disabilities, including the provision of assistive devices and environmental modifications;
  • ensure equal opportunities and promotion of human rights for people with disabilities, especially those who are poor.
World Health Organization

Poema...

Poema

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco

Mário Cesariny

Concerto de Natal - FRC



Concerto de Natal


Próximo dia 07 de Dezembro (Domingo) grande Concerto de Natal pela Orquestra de Sopros da EPABI, na Igreja Nova de Vila do Carvalho. Evento inserido nas Comemorações do 100º Aniversário da Filarmónica Recreativa Carvalhense

Conferência NATUREZA E SOCIEDADE Balanço e Novas Opções para Portugal


http://www.conferencianaturezasociedade.lpn.pt/


A Conferência, organizada pela Liga para a Protecção da Natureza, compreende quatro Temas dominantes. Nesta divulgação destaca-se o Tema 4 que aborda os "Instrumentos de Ordenamento do Território na Conservação da Natureza" pretendendo-se avaliar a sua influência e eficácia neste contexto.

Neste âmbito realizar-se-á uma Palestra referente a “Gestão das Áreas Protegidas, o Ordenamento do Território e as Ameaças à Biodiversidade” com Henrique Pereira, Director do Departamento de Gestão das Áreas Classificadas do Norte – Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

O Tema 4 prevê igualmente a realização de um Workshop onde abordará questões como a importância da Reserva Ecológica Nacional e Reserva Agrícola Nacional, os PIN (Projectos de Interesse Nacional) e o modelo de desenvolvimento económico. O Workshop contará com a presença de Nuno Lecoq, que fará o enquadramento do Tema e lançará o debate, assim como diversos convidados de forma a garantir a representatividade de diversas partes envolvidas (ambientalistas, poder local, poder central, etc.).

O painel de oradores dedicado ao Tema 4 considera:

  • João Ferrão, Secretário de Estado do Ordenamento do Território e Cidades;
  • João Joanaz de Melo, GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente;
  • Macário Correia, Presidente da Câmara Municipal de Tavira e da Junta Metropolitana da AMAL – Grande Área Metropolitana do Algarve;
  • Nuno Lecoq, Autoridade Florestal Nacional.

A moderação será feita por Arminda Deusdado, directora-geral da Produtora Farol de Ideias.


Etología del lobo y del perro. Análisis e interpretación de su conducta.

Autor: David Nieto Maceín
2008
Formato: 24X17 cm.
Rústica
196 páginas
Ilustraciones, figuras y fotografías B/N

Tundra Ediciones

A través de un apasionante recorrido por los diversos aspectos del comportamiento de los cánidos salvajes y domésticos, esta obra nos ofrece las claves para comprender e interpretar la conducta del lobo y de su descendiente directo, el perro.

El autor profundiza en los orígenes de la relación entre el hombre y los cánidos, desde su competencia con el lobo hasta la cooperación con el perro, y desgrana la conducta instintiva, el comportamiento de caza, la conducta social y jerárquica, la agresividad y la predación, así como los procesos conductuales y cognitivos, comparando en todo momento la etología del lobo en la Naturaleza y la del perro en la convivencia con el ser humano. Así, logra transmitir un vasto compendio de conocimientos precisos que permiten una aproximación íntima a la conducta del lobo en su medio, y que dan la base, a su vez, para favorecer y mejorar la relación con nuestro perro.

Junto a la radiografía de la conducta del lobo, los contenidos sobre su importante papel en la Naturaleza, las causas del ancestral conflicto con el hombre y sus necesidades de conservación descubren la verdadera faz del lobo, muy lejos de la falsa e irreal imagen del lobo feroz. Sin duda, tenemos en nuestras manos uno de los mejores alegatos de nuestro tiempo a favor del lobo.

U2 «I Believe In Father Christmas» - Red(Wire) Cover




1st of December - Today, World AIDS Day, MSN is celebrating the launch of (RED)WIRE, (RED)'s new digital music magazine designed to help eliminate AIDS in Africa. Some of the greatest artists on earth have contributed amazing songs to (RED)WIRE.
http://red.msn.com/


"Greg Lake- I Believe In Father Christmas lyrics"


They said there'll be snow at Christmas
They said there'll be peace on Earth
But instead it just kept on raining
A veil of tears for the Virgin's birth
I remember one Christmas morning
A winters light and a distant choir
And the peal of a bell and that Christmas Tree smell
And their eyes full of tinsel and fire
They sold me a dream of Christmas
They sold me a Silent Night
And they told me a fairy story
'Till I believed in the Israelite
And I believed in Father Christmas
And I looked at the sky with excited eyes
'Till I woke with a yawn in the first light of dawn
And I saw him and through his disguise

I wish you a hopeful Christmas
I wish you a brave New Year
All anguish pain and sadness
Leave your heart and let your road be clear
They said there'll be snow at Christmas
They said there'll be peace on Earth
Hallelujah Noel be it Heaven or Hell
The Christmas you get you deserve.

La la la la la la la la la la....