quarta-feira, janeiro 04, 2006

Uma «nova virgindade» como prenda de Natal

o Natal já passou, eu sei, mas conheço muito boa gente que precisava de algo semelhante a outro nível..., mas essas intervenções penso que não são apenas "plásticas" ou serão?


" Os presentes de Natal para as mulheres norte-americanas incluem este ano propostas tão surpreendentes como um nariz novo, um peito mais generoso ou, num registo mais ousado, uma "reconstrução vaginal" e até uma nova virgindade.

"As mulheres recebem cada vez mais dos maridos, como presente, um envelope com um vale para pagar uma consulta ou uma operação de cirurgia estética há muito sonhada", diz o doutor Peter Fodor, cirurgião plástico em Los Angeles (Califórnia).

Todos os casos de reconstituição são possíveis, segundo Esmeralda Vanegas, proprietária de um centro de cuidados de beleza perto de Nova Iorque, especializado na reconstrução e rejuvenescimento da vagina.

"As reconstruções do hímen ou da vagina são particularmente pedidas como presente pelas mulheres aos maridos que já têm tudo. E fazem-no por saberem que alguns fantasiam com a ideia de ter relações com uma virgem, ou porque depois de vários partos, e com a idade a avançar, precisam de apertar as paredes vaginais para sentir mais prazer e dar mais ao parceiro", explicou Esmeralda Vanegas à agência France Presse.

Os anúncios deste tipo de operação, que custa 2.000 dólares (cerca de 1.670 euros), são directos: "ofereça novas sensações à sua parceira, aumente as suas zonas erógenas, desenvolva o seu ponto GÓ", diz a publicidade posta na Internet por vários centros norte- americanos de "rejuvenescimento da vagina".

O centro de Esmeralda Vanegas realiza por mês cinco operações ao hímen.

Os médicos que fazem estas operações cirúrgicas "muito privadas" até lamentam que não sejam comparticipadas pelos seguros de saúde.

Se for um presente de Natal, "é preciso pensar bem nisso, porque durante seis a oito semanas depois da operação estão proibidas as relações sexuais", previne a mesma responsável.

Na opinião de Peter Fodor, a tendência de oferecer intervenções estéticas como presente está a aumentar. Mas é preciso haver "antenas psicológicas para saber se a pessoa que o recebeu a faz também por ela e não unicamente para agradar a quem lho deu". "Há quem fique vexado/a com o presente, mas mesmo assim vem à consulta", acrescentou.

Segundo Lawrence Reed, cirurgião plástico em Nova Iorque, a tendência para oferecer este tipo de presente manifesta-se durante todo o ano graças ao êxito crescente da cirurgia estética e também às novas práticas, que são menos dispendiosas e menos invasivas do que antes.

A multiplicação de procedimentos "não cirúrgicos" (como botox, depilação, branqueamento dos dentes) permite também dá-los como presente mais facilmente.

Dados da Associação Americana de Cirurgia Estética e Reconstrutiva indicam que 35 por cento dos actos cirúrgicos realizados pelos seus membros resultam de presentes oferecidos aos pacientes.

Em 2004, os norte-americanos gastaram 12 mil milhões de dólares em cirurgia estética, com destaque para a lipo-sucção, o aumento mamário e a cirurgia das pálpebras.

Representando um aumento de 44 por cento em relação a 2003, o numero de operações no ano passado elevou-se a 12 milhões, 90 por cento das quais em mulheres."

in Portugal Diario

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