sexta-feira, junho 13, 2008

Fernando Pessoa

Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de Novembro de 1935

Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.

Fernando Pessoa/Alberto Caeiro; Poemas Inconjuntos; Escrito entre 1913-15; Publicado em Atena nº 5, Fevereiro de 1925
A flor que és

A flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço.

Tempo há para negares
Depois de teres dado.

Flor, sê-me flor! Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perere

Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste

Ricardo Reis



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