sexta-feira, julho 28, 2006

Dia Nacional da Conservação da Natureza...será???


Portugal promove valor de mercado da biodiversidade

Portugal, Alemanha e Eslovénia vão criar, no quadro das presidências europeias dos três países, um programa conjunto que visa promover o valor de mercado da biodiversidade, anunciou hoje o presidente do Instituto de Conservação da Natureza. A primeira reunião do grupo de trabalho teve lugar na semana passada em Lisboa e juntou responsáveis pela conservação da natureza dos três países para preparar este programa, que está a ser desenvolvido no quadro das Presidências do Conselho da União Europeia que Alemanha, Portugal e Eslovénia vão exercer, sucessivamente por períodos de seis meses, a partir de 1 de Janeiro de 2007. «O objectivo é preparar um programa de acção comum que promova a articulação entre os sistemas de biodiversidade e as empresas, partindo do pressuposto de que quem trabalha com os temas da biodiversidade tem pouca ligação com a lógica empresarial e vice-versa», declarou João Menezes à agência Lusa. A ideia é levar as empresas a aderirem a acordos voluntários «que vão além da legislação e regulamentos relativos à conservação da natureza», reconhecendo a importância e o respeito pela biodiversidade, bem como o seu valor de mercado, referiu. «Nalgumas áreas, estes mercados já estão estabelecidos como acontece com as alterações climáticas e o mercado de carbono. O objectivo é adaptar este modelo à biodiversidade, iniciando o processo de reconhecimento do seu valor de mercado», adiantou o presidente do ICN. João Menezes considerou que é um processo em que «todos ganham»: a conservação da natureza, porque consegue parceiros com mais recursos, e as empresas, porque vêem este valor reconhecido pelos seus clientes, valorizando os seus produtos e as suas marcas, «à semelhança do que acontece com o conceito de responsabilidade social». Na data em que se assinala o Dia Nacional da Conservação da Natureza, João Menezes salientou ainda a mudança de paradigma no ICN, que passa de uma «política muito marcada pelo ordenamento do território» para uma política que «assenta mais nas parcerias, nos acordos e no envolvimento da comunidade». «O Plano Sectorial de Rede Natura já está concluído e até ao final do ano vamos ter planos de ordenamento com regras claras para todas as áreas protegidas. Agora é tempo de nos virarmos para as parcerias e para a contratualização». Sobre a reestruturação do ICN, o presidente disse que foi uma opção política optar pela manutenção desta entidade como instituto público em vez de ser transformada em entidade pública empresarial (EPE), já que seria garantido o reforço da capacidade operacional. O Dia Nacional da Conservação da Natureza é hoje celebrado com o anúncio da proposta de classificação do Cabo Mondego como monumento natural e com a primeira Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente, que decorre até domingo em Olhão.

in Diário Digital

quarta-feira, julho 26, 2006

Geologia Serra da Estrela

alguns locais de interesse geológico a visitar na zona do Parque Natural da Serra da Estrela

Geomorfologia

Durante o Periodo Quaternário, ocorreram fortes oscilações climáticas traduzidas em fases glaciárias que alternavam com fases interglaciárias, de que resultaram quatro glaciações: Gunz, Mindel, Riss e Wurm. Em Portugal, podemos encontrar registos da acção erosiva glaciária na Serra da Estrela, a qual foi fortemente afectada pela glaciação de Wurm, a última glaciação Quaternária que teve o seu pico na Serra há cerca de 20 mil anos e a única que atingiu o nosso país. Se houve outras, as suas marcas foram apagadas por esta última.
Os vestígios desta glaciação estão representados pelos vales em U, depósitos de moreias, blocos erráticos e rochas polidas e estriadas.
Os glaciares da Serra da Estrela, alguns somente identificáveis por restos de moreias conservadas, são: Glaciar do Zêzere, Glaciar do Alforfa, Glaciar da Estrela, Glaciar do Alvoco, Glaciar do Loriga, Glaciar do Covão do Vidual e Glaciar do Covão do Urso.


Enquadramento geológico

A área da glaciação da Serra da Estrela é constituída por granitóides hercínicos, enquanto as áreas envolventes se desenvolvem essencialmente em metassedimentos do "Complexo Xisto-grauváquico". Encontram-se ainda depósitos glaciários e fluvio-glaciários e rochas filonianas.

Entre os granitóides do alto da montanha, existe uma acentuada variedade petrográfica, que pode ir do granodiorito ao leucogranito. De um modo geral, pode dizer-se que os granitóides se dispõem em faixas grosseiramente concêntricas, em que um granito de duas micas, porfiróide de grão grosseiro, e depois de grão médio, envolve um granito moscovítico de grão médio a grosseiro, que passa a granito moscovítico de grão fino ou a granito de duas micas de grão fino. O granito tende assim, a tornar-se de grão menos grosseiro e mais moscovítico para o interior do maciço.
Na zona de contacto da série xistenta com os granitos, ocorrem metagrauvaques, xistos mosqueados e corneanas resultantes de metamorfismo.

Tectónica

A formação dos metassedimentos envolventes do maciço granítico que constitui a Serra da Estrela, deve-se à deposição de areias e rochas muito finas em ambiente marinho. Estes sedimentos ter-se-ão depositado em zona de talude, tratando-se assim, de sedimentos turbidíticos, que deram posteriormente origem a xistos. O mar em que terá ocorrido essa deposição existiu durante o Pré-Câmbrico-Câmbrico.
Da subsidência resultante da deposição dos sedimentos originaram-se magmas ácidos, aos quais se deve a formação do maciço granítico. Os granitos cristalizaram em zona de cizalhamento, a cerca de 4 km de profundidade e instalaram-se há ~300-310 Ma., sendo portanto de idade hercínica, já numa fase tardia (F3).
Desde então ocorreu uma delaminação superficial dos metassedimentos, por efeitos erosivos, que deixou a descoberto os granitos. No entanto, todo este processo foi sendo acompanhado pelas últimas acções da orogenia Hercínica, que causaram a fracturação do maciço granítico.
Mais tarde, inicia-se novo ciclo orogénico, o ciclo Alpino, originando dobramentos que se traduziram no levantamento de cadeias de montanhas. Durante este ciclo ocorre na Península Ibérica uma re-activação daquelas falhas antigas e toda a Cordilheira Central se levanta. Este levantamento é feito em degraus, formando um conjunto de patamares a vários níveis.
Durante o Paleolítico superior, a glaciação Wurmiana cobriu os altos cimos da Serra , permitindo que algumas das línguas glaciárias se instalassem em vales tectónicos de idade mais remota.


e um livro e alguns links muito interessantes...




e as Borboletas no Parque Natural da Serra da Estrela...

Lycaena tityrus ssp. bleusei (Oberthür, 1884) (Lycaenidae)


CONTRIBUIÇÃO PARA O CONHECIMENTO DOS MACROLEPIDÓPTEROS DO PARQUE NATURAL DA SERRA DA ESTRELA, PORTUGAL (LEPIDOPTERA)

Eduardo Marabuto, Pedro Pires & João Pedro Cardoso TAGIS – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal – Museu Nacional de História Natural Rua da Escola Politécnica, 58 1269-102 Lisboa (Portugal) – web: www.tagis.net; e-mail: tagis@tagis.net

Resumen:
Durante una expedición de tres días y noches en el sur del Parque Natural da Serra da Estrela, entre los dias 21 y 23 de Agosto 2003, fueron registradas las especies de macrolepidópteros observadas durante el día, en el campo, y por la noche, las atraídas a las luces. En total fueron registradas 133 especies y, entre ellas, dos nuevos para Portugal, Lycaena tityrus ssp. bleusei (Oberthür, 1884) (Lycaenidae) y Mesoligia literosa (Haworth, 1809) (Noctuidae).

Palabras clave: Lepidoptera, Serra da Estrela, Portugal Contribution to the knowledge of the Macrolepidoptera of the Parque Natural da Serra da Estrela, Portugal (Lepidoptera)

Abstract:
During a three-day and -night expedition in the south of the Parque Natural da Serra da Estrela from the 21s ttill the 23rd August 2003, a record was kept of the species of Macrolepidoptera seen during the day on the field or at night at the lights, in order to better understand the region’s fauna of this group of Lepidoptera. Two taxa are first records for Portugal, Lycaena tityrus ssp. bleusei (Oberthür, 1884) (Lycaenidae) and Mesoligia literosa (Haworth, 1809) (Noctuidae),among a total of 133 species found.

Key words: Lepidoptera, Serra da Estrela, Portugal.

Introdução

A Serra da Estrela sendo o maior maciço montanhoso tanto em extensão como em altitude – de Portugal Conti nental, apresenta alguma importância no estudo da fauna lepidopterológica local, uma vez que aí podem ser encontradas espécies únicas num país geralmente de baixas altitudes e com influências mediterrânicas. Apesar de não atingir o patamar alpino (acimados2000m), a maior parte do maciço está a uma altitude que ronda os 1000m ou superior, o que influi positivamente na sua biodiversidade,também influen ciada pela localização relativamente meridional tornando-o um ponto de convergência entre espécies mediterrânicas e outras de origem europeia ou de climas mais frios que não costumam estar bem presentes em Portugal. É além disso uma continuação do Sistema Central Ibérico do qual fazem parte as serras espanholas de Guada- rrama, Gredos e Sierra de Gata o que a torna um local potencial para se encontrarem espécies até agora endémicas nestas serras (Corley, 2002). O estudo deste local agora protegido como Parque Natural remonta ao princípio do século XX com as prospecções de Cândido Mendes de Azevedo (1910, 1912- 1913) e outros, resultando em 110 espécies de heteroceros e 98 espécies de rhopaloceros. Mais tarde Martin Corley, em Setembro de 2001 (Corley, 2002) acrescenta 26 espécies para a fauna de Portugal mas muitas outras são omitidas do artigo sendo de conhecimento apenas que foram encontradas cerca de 300, incluindo microlepidópteros. Apesar dos incêndios que alastraram por todo o país durante o mês de Agosto e do receio sentido por nós, a expedição sob o âmbito dos projectos do recém-formado TAGIS (Centro de Conservação das Borboletas de Portu gal) e apoiada pela Ciência Viva – Biologia no Verão, teve lugar com a visita a essencialmente um local para as borboletas diurnas (Rhopalocera) e a três locais no âmbito das borboletas nocturnas (Macroheterocera) em que foram utilizadas lâmpadas de vapor de mercúrio (125W) com lençol branco horizontal ou vertical:


! Verdelhos – 600m alt. UTM 10km: 29TPE36 No sudeste do Parque e perto dos seus limites, esta localidade não parece apresentar interesse especial mas foi aqui, no Parque de Campismo Rural onde pernoitámos, tendo-se montado uma luz na primeira noite, com algumas espécies interessantes apesar de tanto o número como a variedade de lepidópteros se revelar baixa. No geral a vegetação era constituída por carvalhos (Quercus pyrenaica) e pinheiros (Pinus pinaster) além de sub-arbustos de Erica arborea e Cytisus sp. Na ribeira que passa perto, Ribeira de Beijames, podiam-se ver ainda salgueiros (Salix cinerea) ao longo das margens. Uma lâmpada foi montada aqui, no dia 21 Agosto 2003. 35 Espécies de Macroheterocera e 4 de Rhopalocera .


! Covões – Vale Glaciário do Zêzere 1100m alt. UTM 10km: 29TPE26 O vale glaciário do Zêzere, em perfeito formato de “U” é o que melhor reproduz a existência de um glaciar em Portugal no passado. A sua altitude (rio Zêzere corre aí a 1000m) torna- o num micro clima específico de montanha, extremamente frio no Inverno e bastante quente no Verão. A abundância de Lepidópteros é especialmente patente de dia onde se concen- tram, durante os meses quentes, em zonas com abundância de hortelã-pimenta (Mentha piperita) e Compositae em flor. A vegetação é dominada por arbustos de giestas (Cytisus sp.), algumas hortas e pequenos prados de gramíneas. Nas encostas é de salientar a existência de afloramentos rochosos proeminentes e pinhal aberto. Duas lâmpadas montadas durante a noite de 22 Agosto após uma chuva forte e trovoada e prospecções diurnas todos os dias. 69 Espécies inventariadas sendo que 37 são Heterocera.


! Poço do Inferno – 1200m alt. UTM 10km: 29TPE27 Constituído por uma queda de água, o Poço do Inferno é rodeado essencialmente por árvores caducifólias (bétulas, carvalhos, castanheiros) e outras, formando um bosque mais húmido do que as zonas anteriores mas suficientemente resguardado para que durante a noite houvesse condições para montar os aparelhos de captura. Esta zona, bem conhecida dum dos autores (Pedro Pires) e onde anteriormente se haviam descoberto 3 espécies novas para Portugal (Noctua tirrenica, Catocala fraxini e Amphipyra tetra; Corley, 2002), era um dos pontos altos da jornada e as expectativas naturalmente grandes. Os investigadores foram aí ajudados na recolha e identificação das espécies pelos participantes da actividade organizada pelo TAGIS sendo que os resultados provaram ser satisfatórios. Esta zona da Serra da Estrela revelou-se de longe a mais rica dos locais de amostragem com mais de 40% das espécies de Macroheteroceros sido encontradas apenas neste local. Foram montadas aqui 3 lâmpadas na noite de 23 Agosto 2003 com 83 espécies registadas.

Tendo como pontos importantes o estudo e observação das populações locais de três espécies de borboletas diurnas: Lycaena tityrus (Poda, 1761) sobre a qual se fará algo mais aprofundado num futuro próximo; Satyrus actaea (Esper, 1780) e estado das populações de Hyponephele sp.; estes meros 3 dias na Serra da Estrela serviram para aprofundar o conhecimento lepidopterológico destes locais assim como para dar a conhecer este grupo de insectos a pessoas que nunca tinhamentrado em contacto com eles dum ponto de vista mais real, mais científico e aprofundado. Apesar do estudo dos Rhopalocera anteriormente citados ser essencial, e principalmente devido à enorme diversidade, também era nosso intuito alargar o conhecimento dos Lepidópteros Macroheteroceros da Serra da Estrela, que possui alguns endemismos interessantes. Obviamente que 3 dias apenas não são suficientes para uma lista muito alargada mas nela constam algumas espécies peculiares inclusive uma espécie, Mesoligia literosa (Haworth, 1809) e uma subespécie novas para Portugal, Lycaena tityrus ssp. bleusei (Oberthür, 1884). Concluído o trabalho, foram registadas 32 espécies de Rhopalocera e 101 de Macroheterocera num total de 133 espécies, listadas em anexo conjuntamente com observações a seu respeito.


Agradecimento Os autores querem agradecer a participação nesta actividade promovida pelo TAGIS a todos os participantes, em especial ao Paulo Henriques, ao Jorge Mendes e ao Humberto Grácio pelo seu entusiasmo em campo e vontade frenética em tirar fotografias a tudo o que aparecia na última noite. Também ao Sr. José Maria, funcionário do PNSE e gerente do Parque de Campismo Rural onde pernoitámos mesmo incomodando terceiros com as luzes fortes durante a noite. O primeiro autor deseja ainda agradecer pessoalmente a Martin Corley pela sua disponibili- dade na revisão do manuscrito e na identificação das seguintes espécies: Hoplodrina hesperica, Eublemma ostrina, Charissa mucidarius e Idaea contiguaria além de valiosos conselhos noutras espécies.
(...)

in Boln. S.E.A., nº 34 (2004) : 171 – 175.

segunda-feira, julho 24, 2006

El cambio climático reducirá el tamaño corporal de las especies

Josep Montoya se remoja entre plantas acuáticas. (CARMEN SECANELLA)


"La pérdida del lince en España puede provocar una avalancha de extinciones" "Nuestra fórmula matemática simplifica la realidad y aporta un alto poder predictivo"

Las perturbaciones de origen humano en una red ecológica pueden desencadenar efectos inesperados en un ecosistema. Para predecirlos o para minimizarlos, los gestores de áreas naturales y la comunidad científica cuentan desde ayer con una nueva herramienta: un principio universal expresado en forma de ecuación matemática que relaciona el número de conexiones entre las especies y cómo se va a comportar el sistema si alguna de ellas se ve afectada. José M. Montoya (Madrid, 1976), de la Escuela de Ciencias Biológicas de la Universidad Queen Mary de Londres es coautor de una fórmula que ayer dio la vuelta al mundo tras merecer la portada de la revista Nature.(...)

link para a ENTREVISTA: JOSÉ M. MONTOYA Biólogo y coautor de la ecuación para
los ecosistemas
"El cambio climático reducirá el tamaño corporal de las especies"
XAVIER PUJOL GEBELLÍ - Barcelona
EL PAÍS - Sociedad - 21-07-2006

quarta-feira, julho 19, 2006

Valores Naturais e ءÁreas Ardidas em 2005, no Parque Natural da Serra da Estrela

Posição geográfica dos incêndios relativamente ao Sítio Serra da Estrela e às
Reservas Botânicas e Biogenética.


Na sequência do que li no blogue amigo Cântaro Zangado sobre os incêndios na área do PNSE nos últimos anos...


Na Rede Nacional de Áreas Protegidas, durante o ano de 2005 arderam 20.432,44 ha em
701 incêndios rurais. Estes valores encontram-se acima da média para os últimos 13 anos,
9. 644 ha e 582, valores de área ardida e número de incêndios, respectivamente.
O PNSE foi a Área Protegida mais atingida com uma área ardida de 11.452 ha.
A área ardida em Áreas Prioritárias para a Conservação da Natureza (APCN) foi de 7 100,92
ha. As AP´s que mais contribuíram para este valor foi o PNSE com uma área ardida de
2.264 ha, o PNAL com uma área ardida de 1.734 ha, o PNM com uma área ardida de
1.365,92 ha e o PNSAC com uma área ardida de 1.182 ha.
O total de área ardida na Rede Natura 2000 foi de 58.534 ha.
O Sítio onde se verificou maior área ardida foi o Sítio Serra da Estrela com 11.452 ha.


in Relatório sobre Incêndios Rurais, na RNAP e RN2000 – 2005(pdf)

segunda-feira, julho 17, 2006

O Lobo na Serra da Estrela


O lobo na Serra da Estrela


O LOBO DA SERRA DA ESTRELA: PASSADO, PRESENTE E FUTURO A. T. CÂNDIDO Y F. R. PETRUCCI-FONSECA (pdf)

Grupo Lobo. Depto Zoologia e Antropologia, Bloco C2. Fac. Ciencias, Univ. Lisboa. 1749-016
Lisboa, Portugal.


RESUMO

A situação do Lobo Ibérico (Canis lupus signatus Cabrera, 1907) em Portugal, e em particular a sul do rio Douro, é cada vez mais alarmante. O resultado espelha-se numa população fortemente fragmentada, em que o futuro do núcleo considerado neste trabalho está longe de desejável do ponto de vista conservacionista. Estimaram-se as datas de desaparecimento do lobo da Serra da Estrela, por ser um dos locais de mais forte tradição lobeira em Portugal, e zonas circundantes.(...)

SOCIEDAD ESPAÑOLA PARA LA CONSERVACIÓN Y ESTUDIO DE LOS MAMÍFEROS - SECEM



a propósito das Comemorações do Aniversário do PNSE...

Microsite do Projecto LIFE Priolo da SPEA

Microsite do Projecto LIFE Priolo da SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, o qual estará associado à página de Internet da SPEA, e a partir do qual poderão ser obtidas todas as informações acerca do Projecto e da temática da Conservação do Priolo e do seu Habitat.


quinta-feira, julho 13, 2006

alto da Fraga Grande


e para quem vai á Marcha Nocturna, aqui a Aldeola vista lá do alto da Fraga Grande, ah e não esquecer o Amigo Rocha...

Segurança na Serra da Estrela...?!


Deputados do PS apresentam requerimento sobre situação na Serra da Estrela

As condições de segurança na Serra da Estrela estão a preocupar os deputados do PS eleitos pelo distrito de Castelo Branco.

Os socialistas apresentaram um requerimento ao Ministério das Obras Públicas onde referem, entre outros pontos, a inexistência de um heliporto.Os deputados do PS eleitos pelo distrito de Castelo Branco querem que o Governo ordene um levantamento das condições de segurança na região da Serra da Estrela, disse ontem à Lusa fonte parlamentar.“A Serra da Estrela é um dos mais importantes pólos turísticos do país e tem sido alvo de fortes investimentos nos últimos anos”, segundo a deputada Telma Madaleno, eleita por Castelo Branco. “Neste âmbito, merecem especial atenção as condições de segurança, quer para quem visita a Serra, quer para os residentes”, realçou.Os quatro deputados socialistas de Castelo Branco alertam para a inexistência de um heliporto que permita a retirada de feridos graves no maciço central da Serra da Estrela. Telma Madaleno, Cidália Faustino, Vítor Pereira e Hortense Martins subscreveram um requerimento endereçado ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, a que a agência Lusa teve acesso.No que respeita à rede viária, “segundo informações prestadas pela GNR, é necessária uma correcta gestão do estacionamento” e as estradas que atravessam a Serra da Estrela “precisam de novos rails de protecção”. Uma medida considerada urgente tendo em conta “os enormes declives e as condições climatéricas favoráveis à formação e permanência de gelo”. Os socialistas criticam também a falta de informação rodoviária junto à Nave de Santo António, na estrada de acesso ao ponto mais alto de Portugal Continental (Torre), “que permita obter informações acerca do estado trânsito e condições climatéricas”, refere o requerimento. Segundo os deputados, devia também existir “uma cancela para corte do trânsito, à saída da vila de Manteigas, quando ocorrem condições atmosféricas adversas”, tal como existe na Lagoa Comprida e junto aos Piornos.

in o Primeiro de Janeiro

Concentração excessiva de ozono no Interior


Concentração excessiva de ozono no Interior Populações da Covilhã, Guarda e Vila de Rei não foram informadas


A concentração de ozono excedeu hoje os valores considerados normais nos concelhos da Covilhã, Guarda e Vila de Rei. Valores acima dos 180 microgramas de ozono por metro cúbico de ar obrigam a que a população seja informada. No entanto, tal não aconteceu por dificuldades de comunicação.(...)

SicOnline 12/07/2006

terça-feira, julho 11, 2006

sábado, julho 08, 2006

sexta-feira, julho 07, 2006

MedWet e Serra da Estrela...


Planalto superior da S. Estrela e troço superior do rio Zêzere


Região Centro; 5 075 ha; 40°21'N 007°37'W. Reserva Biogenética, Parque Natural, sítio Natura 2000. Inclui o planalto superior da serra (com 1 993m de altura, a mais elevada de Portugal), bem como o vale da Candeeira e parte do vale do rio Zêzere. Pertence à região biogeográfica ‘Estrelense’, uma zona de transição entre os macrobioclimas mediterrâneo e temperado. Devido à elevada precipitação, existem no local vários ambientes aquáticos, como lagos naturais, poças, charcas, fontes, rios e ribeiros. À volta destes locais existem prados, sobretudo cervunais, vários tipos de mato, ambientes rochosos e, por vezes, pequenas áreas de bosque. A qualidade abiótica destas zonas húmidas é excelente, sendo ambientes pobres em nutrientes e de águas macias, como resultado da elevada precipitação que aqui se faz sentir (com ritmo sazonal específico) e da existência de rochas graníticas. A flora e a fauna do local incluem excelentes exemplos de taxa e sintaxa endémicos, alguns dos quais são raros ou extremamente raros tais como Narcissus asturiensis ou Lycopodium clavatum, entre a flora. Os sistemas agro-pastoris são tradicionais na área, onde também se pratica a produção florestal. O sobrepastoreio, a remoção de água para produção de electricidade e o depósito incontrolado de resíduos são as actuais potenciais ameaças.

Sítio Ramsar no. 1614.


in Base de Dados de Zonas Húmidas para a Região Mediterrânica

Serra da Estrela com percurso pedestre para deficientes


Serra da Estrela com percurso pedestre para deficientes

O Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) assinala 30 anos de existência, dia 16 de Julho, com a abertura de um percurso pedestre destinado a deficientes, disse hoje à agência Lusa o seu director. Segundo Fernando Matos, o trajecto pedestre denominado «Percurso Universal», tem uma extensão de 600 metros, desenvolve-se no Vale do Rossim e está sinalizado de maneira a que possa ser percorrido por pessoas portadoras de deficiência a nível físico e visual. «São percursos preparados, para que possam ser feitos por pessoas com alguma incapacidade, que de outra maneira não poderiam fazê-los», adiantou. Com a criação deste género de percurso pedestre, o ICN - Instituto de Conservação da Natureza possibilita que as pessoas deficientes também desfrutem do ar livre e do contacto com a natureza, segundo Fernando Matos. As comemorações dos 30 anos do PNSE também incluem a realização de seis percursos pedestres, dirigidos à população em geral, com início - entre as 08:00 e as 09:00 - em diferentes locais da área protegida - concelhos da Guarda, Celorico da Beira, Gouveia, Seia, Covilhã e Manteigas. Com uma duração de entre duas e três horas, as caminhadas estão limitadas a cerca de duas dezenas de participantes e serão acompanhadas por um técnico ou um vigilante do PNSE que dará indicações «sobre os valores naturais» existentes nos sítios por onde vão passando. Fernando Matos adiantou à agência Lusa que o PNSE optou por comemorar o aniversário desta forma, porque «para além de divulgar a Serra da Estrela em termos de valores naturais, pretende-se também sensibilizar as pessoas para o turismo de natureza, para o turismo pedestre». O PNSE, com sede em Manteigas, distrito da Guarda, foi criado em 1976, abrangendo uma área de 101.060 hectares dos concelhos de Guarda, Celorico da Beira, Covilhã, Seia, Gouveia e Manteigas.

Diário Digital / Lusa