quarta-feira, agosto 29, 2007

Lisbon Revisited (1923)


Lisbon Revisited
(1923
)



NÃO: Não quero nada.

Já disse que não quero nada.


Não me venham com conclusões!

A única conclusão é morrer.


Não me tragam estéticas!

Não me falem em moral!


Tirem-me daqui a metafísica!

Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas

Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —

Das ciências, das artes, da civilização moderna!


Que mal fiz eu aos deuses todos?


Se têm a verdade, guardem-na!


Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.

Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.

Com todo o direito a sê-lo, ouviram?


Não me macem, por amor de Deus!


Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?

Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?

Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.

Assim, como sou, tenham paciência!

Vão para o diabo sem mim,

Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!

Para que havemos de ir juntos?

Não me peguem no braço!

Não gosto que me peguem no braço.

Quero ser sozinho.

Já disse que sou sozinho!

Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!


Ó céu azul — o mesmo da minha infância —

Eterna verdade vazia e perfeita!

Ó macio Tejo ancestral e mudo,

Pequena verdade onde o céu se reflete!

Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!

Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.


Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...

E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!



Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

terça-feira, agosto 28, 2007

Pequena Travessia e Grande Travessia - Ecotura


Caros Amigos

A Ecotura preparou mais uma aventura em plena natureza para si - A Grande e a Pequena Travessia
A Grande Travessia tem a duração de 5 dias e é vocacionada para quem gosta de andar a pé na natureza.
Desta vez vamos percorrer e ficar a conhecer profundamente o território de 3 alcateias.
Apenas transportando o essencial (um veículo de apoio irá transportar de ponto para ponto o grosso da bagagem) vamos cortar com o trabalho e o stress da vida quotidiana. O Lobo e a montanha são condimentos suficientes para nos proporcionar dias de completa descontracção e prazer.
Bosques dignos de Duendes e Druidas, paisagens graníticas de cortar a respiração, pequenas aldeias encaixadas na montanha e um sem número de sentimentos e sensações a que as palavras nunca fariam justiça.
Esta actividade é vocacionada para caminheiros com alguma experiência.

A Pequena Travessia é uma aventura com a duração de 3 dias. 3 dias a descobrir as zonas mais remotas dos territórios do Lobo. Vamos conhecer o que poucos conhecem, e deixar que a montanha nos surpreenda a cada passo.
A Pequena Grande Travessia vai permitir que, de uma forma despreocupada mas usufruindo de tudo em pleno, deixe para trás a vida agitada das grandes cidades e conquiste a tranquilidade que só os grandes espaços naturais lhe podem dar.
Esta actividade é vocacionada para caminheiros com uma experiência mediana.

Para mais informações consulte http://www.ecotura.com/ ou contacte ecotura@sapo.pt ou 251 465 025 / 934 671 393
Agradecemos desde já a vossa participação na divulgação desta actividade.
Até breve
Anabela Moedas e Pedro Alarcão

ECOTURA - Centro de Ecoturismo e Turismo Equestre da Serra da Peneda
Tel/Fax: 251465025
TMóvel : 934 671393

segunda-feira, agosto 27, 2007

Os Compadres...



compadre
do Lat. compatre
s. m.,
padrinho de uma criança em relação aos pais;
pai da criança em relação aos padrinhos;
principal protagonista de revista teatral;
fam.,
amigo íntimo.

mesmo de férias e longe da Montanha não resisto, e tenho que fazer esta singela homenagem aos meus Compadres, Jerónimo, David e João...pois melhor definição não arranjava do que esta, se é que é preciso definir seja o que for...e as Comadres não me levem a mal este compadrio...

terça-feira, agosto 21, 2007

uns dias longe da montanha...


...uns dias longe da montanha...

sexta-feira, agosto 17, 2007

«Ultimatum» de Álvaro de Campos


«Ultimatum» de Álvaro de Campos

Mandado de despejo aos mandarins da Europa! Fora.
Fora tu, Anatole-France, Epicuro de farmacopeia-homeopática, ténia-Jaurès do
Ancien-Régime, salada de Renan-Flaubert em louça do século dezassete,
falsificada!
Fora tu, Maurice-Barrès, feminista da Acção, Chateaubriand de paredes nuas,
alcoviteiro de palco da pátria de cartaz, bolor da Lorena, algibebe dos mortos dos
outros, vestindo do seu comércio!
Fora tu, Bourget das almas, lamparineiro das partículas alheias, psicólogo de
tampa de brasão, reles snob plebeu, sublinhando a régua de lascas os
mandamentos da lei da Igreja!
Fora tu, mercadoria Kipling, homem-prático do verso, imperialista das sucatas,
épico para Majuba e Colenso, Empire-Day do calão das fardas, tramp-steamer da
baixa imortalidade!
Fora! Fora!
Fora tu, George-Bernard-Shaw, vegetariano do paradoxo, charlatão da sinceridade,
tumor frio do ibsenismo, arranjista da intelectualidade inesperada, Kilkenny-Cat de
ti próprio, Irish-Melody calvinista com letra da Origem-das-Espécies!
Fora tu, H. G. Wells, ideativo de gesso, saca-rolhas de papelão para a garrafa da
Complexidade!
Fora tu, G. K. Chesterton, cristianismo para uso de prestidigitadores, barril de
cerveja ao pé do altar, adiposidade da dialéctica cockney com o horror ao sabão
influindo na limpeza dos raciocínios!
Fora tu, Yeats da céltica-bruma à roda de poste sem indicações, saco de podres
que veio à praia do naufrágio do simbolismo inglês!
Fora! Fora!
Fora tu, Rapagnetta-Annunzio, banalidade em caracteres gregos, «D. Juan em
Pathmos» (solo de trombone)!
E tu, Maeterlinck, fogão do Mistério apagado!
E tu Loti, sopa salgada fria!
E finalmente tu, Rostand-tand-tand-tand-tand-tand-tand-tand!
Fora! Fora! Fora!
E se houver outros que faltem, procurem-nos por aí pra um canto!
Tirem isso tudo da minha frente!
Fora com isso tudo! Fora!

Ai! que fazes tu na celebridade, Guilherme-Segundo da Alemanha, canhoto maneta
do braço esquerdo, Bismarck sem tampa a estorvar o lume?!
Quem és tu, tu da juba socialista, David-Lloyd-George, bobo de barrete frígio feito
de Union Jacks?!
E tu, Venizelos, fatia de Péricles com manteiga, caída no chão de manteiga para
baixo?
E tu, qualquer outro, todos os outros, açorda Briand-Dato. Boselli da incompetência
ante os factos todos os estadistas pão-de-guerra que datam de muito antes da
guerra! Todos! todos! todos! Lixo, cisco, choldra provinciana, safardanagem
intelectual!
E todos os chefes de estado, incompetentes ao léu, barris de lixo virados para
baixo à porta da Insuficiência da Época!
Tirem isso tudo da minha frente!
Arranjem feixes de palha e ponham-nos a fingir gente que seja outra!
Tudo daqui para fora! Tudo daqui para fora!
Ultimatum a eles todos, e a todos os outros que sejam como eles todos!

Senão querem sair, fiquem e lavem-se.
Falência geral de tudo por causa de todos!
Falência geral de todos por causa de tudo!
Falência dos povos e dos destinos — falência total!
Desfile das nações para o meu Desprezo!
Tu, ambição italiana, cão de colo chamado César!
Tu, «esforço francês», galo depenado com a pele pintada de penas! (Não lhe dêem
muita corda senão parte-se!)
Tu, organização britânica, com Kitchener no fundo do mar mesmo desde o princípio
da guerra!
(It 's a long, long way to Tipperary and a jolly sight longer way to Berlin!)
Tu, cultura alemã, Esparta podre com azeite de cristismo e vinagre de
nietzschização, colmeia de lata, transbordamento imperialóide de servilismo
engatado!
Tu, Áustria-súbdita, mistura de sub-raças, batente de porta tipo K!
Tu, Von Bélgica, heróica à força, limpa a mão à parede que foste!
Tu, escravatura russa, Europa de malaios, libertação de mola desoprimida porque
se partiu!
Tu, «imperialismo» espanhol, salero em política, com toureiros de sambenito nas
almas ao voltar da esquina e qualidades guerreiras enterradas em Marrocos!
Tu, Estados Unidos da América, síntese-bastardia da baixa-Europa, alho da açorda
transatlântica nasal do modernismo inestético!
E tu, Portugal-centavos, resto da Monarquia a apodrecer República, extremaunção-
enxovalho da Desgraça, colaboração artificial na guerra com vergonhas
naturais em África!
E tu, Brasil, «república irmã», blague de Pedro-Álvares-Cabral, que nem te queria
descobrir!
Ponham-me um pano por cima de tudo isso!
Fechem-me isso à chave e deitem a chave fora!
Onde estão os antigos, as forças, os homens, os guias, os guardas?
Vão aos cemitérios, que hoje são só nomes nas lápides!
Agora a filosofia é o ter morrido Fouillée!
Agora a arte é o ter ficado Rodin!
Agora a literatura é Barrès significar!
Agora a crítica é haver bestas que não chamam besta ao Bourget!
Agora a política é a degeneração gordurosa da organização da incompetência!
Agora a religião é o catolicismo militante dos taberneiros da fé, o entusiasmo
cozinha-francesa dos Maurras de razão-descascada, é a espectaculite dos
pragmatistas cristãos, dos intuicionistas católicos, dos ritualistas nirvânicos,
angariadores de anúncios para Deus!
Agora é a guerra, jogo do empurra do lado de cá e jogo de porta do lado de lá!
Sufoco de ter só isto à minha volta!
Deixem-me respirar!
Abram todas as janelas!
Abram mais janelas do que todas as janelas que há no mundo!

Revista "Portugal Futurista", N.º 1 e único, Novembro de 1917

...bom fim de semana, aldeia, serra, almada, família, amigos, conhecidos, mulheres, homens, gente, cão, gato, lobo, pássaro, formiga, arbusto, flor, sol, estrela, lua, e também para ti pedra...

domingo, agosto 12, 2007

Centenário do Nascimento de Miguel Torga



Miguel Torga, pseudónimo do médico Adolfo Rocha.

12 de Agosto de 1907 / 17 de Janeiro 1995



Serra da Estrela


Alta, Imensa, Enigmática,
A sua presença física é logo uma obsessão
Mas junta-se à perturbante realidade, uma certeza mais viva: a de todas as verdades locais emanarem dela.
Há rios na Beira? Descem da Estrela
Há queijo na Beira? Faz-se na Estrela
Há roupa na Beira? Tece-se na Estrela
Há vento na Beira? Sopra-o a Estrela
Tudo se cria nela,
Tudo mergulha as raízes no seu largo e eterno seio.
Há energia eléctrica na Beira ? Gera-se na Estrela.
(...)
Ela comanda, bafeja, castiga e redime.
Ao contrário de outras serras, o Marão e o Caldeirão;
a Estrela não divide: concentra.
( … ). Se alguma coisa de verdadeiramente sério e monumental possui a Beira, é justamente a serra.
( … ) Há nela as três velhas dimensões necessárias a um tamanho: comprimento, largura e altura. ( … )
Somente a quem a passeia, a quem a namora duma paixão presente e esforçada, abre o coração e os tesouros. Então, numa generosidade milionária, mostra tudo. ( … )
Revela, sobretudo, recantos quase secretos de mulher.

Miguel Torga / A Beira in Portugal

http://covilha.blogspot.com/2006_02_01_archive.html

Chuva de estrelas...



Astronomia

Chuva de estrelas pode ser vista hoje à noite

O céu deverá apresentar na noite de hoje para segunda-feira a queda de dezenas de estrelas cadentes por hora, um fenómeno anual que ocorre quando restos do cometa Swift-Tuttle entram na atmosfera terrestre

A chuva de meteoros das Perseidas - assim denominada por estes meteoros surgirem a Nordeste, junto à Constelação de Perseus - são um fenómeno regular, que acontece todos os anos por volta do dia 12 de Agosto.

«A noite de 12 para 13 é o pico máximo, mas as estrelas cadentes podem ser vistas uma semana antes e uma semana depois», até 24 Agosto, disse à agência Lusa o director do Observatório Astronómico de Lisboa, Rui Agostinho.(...)

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=50069


... mesmo que não vejam nenhuma, aproveitem de alguma forma...

quarta-feira, agosto 08, 2007

Make Some Noise - U2 Instant Karma


















Instant Karma


Instant Karma's gonna get you,
Gonna knock you right on the head,
You better get yourself together,
Pretty soon you're gonna be dead,
What in the world you thinking of,
Laughing in the face of love,
What on earth you tryin' to do,
It's up to you, yeah you.

Instant Karma's gonna get you,
Gonna look you right in the face,
Better get yourself together darlin',
Join the human race,
How in the world you gonna see,
Laughin' at fools like me,
Who on earth d'you think you are,
A super star,
Well, right you are.

Well we all shine on,
Like the moon and the stars and the sun,
Well we all shine on,
Everyone come on.

Instant Karma's gonna get you,
Gonna knock you off your feet,
Better recognize your brothers,
Everyone you meet,
Why in the world are we here,
Surely not to live in pain and fear,
Why on earth are you there,
When you're everywhere,
Come and get your share.

Well we all shine on,
Like the moon and the stars and the sun,
Yeah we all shine on,
Come on and on and on on on,
Yeah, yeah, alright, uh, ah.

Well we all shine on,
Like the moon and the stars and the sun,
Yeah we all shine on,
On and on and on and on.

Well we all shine on,
Like the moon and the stars and the sun.
Well we all shine on,
Like the moon and the stars and the sun.
Well we all shine on,
Like the moon and the stars and the sun.
Yeah we all shine on,
Like the moon and the stars and the sun.

John Lennon

terça-feira, agosto 07, 2007

Genciana...



Argençana-dos-pastores (Gentiana lutea)


Nome Científico – Gentiana lutea
Nome Vulgar – Argençana-dos-pastores, Genciana

Descrição - Planta robusta que pode alcançar os 150 centímetros de altura. As raízes são grossas e carnudas e estendem-se paralelamente ao solo. O caule é erecto, elevado, não ramificado, solitário ou multicaule e oco. As folhas são opostas, as basais pecioladas, as caulinares sésseis e abraçando por completo o caule, longas, de lanceoladas a largamente ovadas e com cinco a sete nervuras arqueadas bem marcadas. As flores são grandes amarelas, mais raramente alaranjadas, dispostas em número de três a dez nas axilas das folhas superiores ou na porção terminal do caule. O fruto é uma cápsula que se abre por fendas longitudinais.

Biologia /Ecologia - Biologia/Ecologia - Planta vivaz, de crescimento muito lento que só começa a florir entre os dez e os 20 anos de idade, mas que pode alcançar os 60 anos de longevidade. Floresce desde o final da Primavera e durante o Verão e frutifica durante o Verão. A polinização é realizada por abelhas e borboletas.

Habitat – Típica de prados pobres subalpinos a alpinos, desde os 1500 até aos 2500 metros de altitude. Em solos de natureza calcária ou siliciosa. Na serra da Estrela ocorre quase única e exclusivamente em fendas rochosas e em raríssimos prados de altitude de Festuca henriquesii.

Distribuição - Montanhas do Centro e Sul da Europa.

Curiosidades - Desde sempre, esta planta foi colhida por pastores devido à riqueza da sua raiz em substâncias medicinais. Possui propriedades febrífugas (brucelose) e abortivas. É usada no processo de vinificação de certas bebidas como o “vermute”, o que a torna muito procurada e valorizada, mas também cada vez mais ameaçada. Facilmente confundida com outra planta que ocorre no mesmo tipo de habitat, o heléboro-branco (Veratrum album), muito tóxica e que pode ser mortal devido à sua riqueza em alcalóides.

Conservação - Esta espécie encontra-se representada na serra da Estrela, único local de ocorrência no nosso país, pela subespécie aurantiaca. Encontra-se muito ameaçada devido à recolha de raízes de plantas jovens que ainda não entraram no período reprodutivo, o que a torna cada vez mais uma raridade botânica da nossa flora. A protecção da genciana e do seu habitat torna-se, assim, imprescindível pois, quando os poucos espécimes reprodutivos desta planta que ainda ocorrem em penhascos quase inacessíveis morrerem, a espécie poderá extinguir-se. A colheita de raízes deverá ser interditada e severamente punida. A genciana encontra-se na lista preliminar para o Livro Vermelho das plantas vasculares de Portugal.

http://www.cm-seia.pt/turismo/bncise/lupa15b.asp


(...)pensa-se que deve o nome a Gentius,
rei da Iliria
, que teria revelado a acção benéfica da
planta.
Esta genciana, uma das mais belas cresce muito
lentamente, é vivaz nas pastagens de alta montanha
e dá a primeira flor aos 10 anos e pode viver ao todo
mais de 50, produzindo apenas um único caule floral
de 4 em 4 ou mesmo de 8 em 8 anos. E vem provar
que toda a beleza é melindrosa. É ainda necessário
cuidado pois pode-se confundir com o
Heléboro-branco, que é muito tóxico, mas que é fácil
de distinguir pois as flores deste são brancas(16).
A raíz da argençana dos pastores é um poderoso
febrífugo e também um excelente amargo vegetal
estimulando as funções do aparelho digestivo.
Esta planta foi também aplicada pelo Dr. Leonardo
Nunes, físico-mor do Reino e, albicastrense ilustre,
contemporâneo de João Rodrigues e que lhe faz alusão
nos Comentários a Dioscorides, como descreveu José
Lopes Dias(5).(...)

http://www.historiadamedicina.ubi.pt/cadernos_medicina/vol08.pdf



e no Plano Zonal Agro-Ambiental do Parque Natural da Serra da Estrela


Das espécies a proteger na Serra da Estrela podemos destacar a argençana-dos-pastores (Gentiana lutea L.), espécie vegetal de interesse comunitário que exige uma protecção rigorosa, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 140/99 que revê a transposição para a ordem jurídica interna da Directiva n.º 79/409/CEE (relativa à conservação das aves selvagens) e da Directiva nº 92/43/CEE (relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens), o teixo (Taxus bacatta L.), o zimbro rasteiro, o vidoeiro (Betula pubescens Ehrh.), a macieira brava (Malus sylvestris Hill.), a tramazeira, o arando (Vaccinum mystillus L.) e a fava deágua (Menyanthes trifoliata L.).

e no País Basco http://www1.euskadi.net/biodiversidad/fichafloraamenazada.apl?id=66

quinta-feira, agosto 02, 2007

Lisnave...


...memórias, riso e choro de criança...

Lisnave

Há homens de toda a sorte
Com sonhos e desenganos
Homens do Sul e do Norte
E também há africanos

Cada qual seus apetrechos
Todos de azul são fardados
Aprendem os novos eixos
Outra raça de soldados

Quando toca a campaínha
Está na hora do avio
Comi caril de galinha
Dei o caldo de safio

Os barcos de todo o mundo
Chegam doentes, idosos
Depois de uma volta a fundo
Partem muito mais vistosos

Os nossos representantes
Dizem com muito calor
Se não somos almirantes
Temos o nosso valor

Eu que nunca vi o mar
Nunca lhe senti o frio
Ando agora a remendar
A barriga de um navio


(letra de João Monge/ música de João Gil) Jorge Palma