Covão da Ponte - Novembro 2006
Todas as flores aspiram a ser fruto
todas as manhãs a ser noite,
Nada de eterno na Terra
A não ser a mudança, a fuga
Mesmo o mais belo dos Verões anseia
Por conhecer o Outono, o definhar.
Aguenta-te, folha, mantém-te calma,
Quando o vento te quiser arrebatar.
Deixa estar, não tentes defender-te
Que aconteça o que tiver de ser.
Deixa o vento, que te arranca e parte,
de regresso a casa conduzir-te.
HERMANN HESSE, Elogio da Velhice
Todas as flores aspiram a ser fruto
todas as manhãs a ser noite,
Nada de eterno na Terra
A não ser a mudança, a fuga
Mesmo o mais belo dos Verões anseia
Por conhecer o Outono, o definhar.
Aguenta-te, folha, mantém-te calma,
Quando o vento te quiser arrebatar.
Deixa estar, não tentes defender-te
Que aconteça o que tiver de ser.
Deixa o vento, que te arranca e parte,
de regresso a casa conduzir-te.
HERMANN HESSE, Elogio da Velhice
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