quinta-feira, março 27, 2008

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Maria Zulmira Casimiro de Almeida, popularmente conhecida como Mirita Casimiro (n. Viseu, 10 de Outubro de 1914 — m. Cascais, 25 de Março de 1970), actriz portuguesa.

Oriunda de uma família ligada à tauromaquia, o seu pai era o cavaleiro José Casimiro, Mirita Casimiro estreia-se no teatro em Lisboa com a revista Viva à Folia no Teatro Maria Vitória. Em Lisboa cantava canções tradicionais da Beira Alta envergando trajes típicos e mostrando a pronúncia de Viseu. Artista de opereta, interpreta com o papel de travesti na peça João Ninguém. Sobe ao palco do Teatro Variedades com o espectáculo de enorme êxito Olaré Quem Brinca (1933).

Estreia-se no cinema sob a direcção de Leitão de BarrosMaria Papoila (1937), é «um retrato admirável da oposição do mundo rural (...) em grande parte devido à genial criação de Mirita Casimiro» (citação de João Bénard da Costa no livro Histórias do Cinema, 1991).

Casa-se com Vasco Santana no ano de 1941, formando com este uma dupla de enorme êxito. Anos depois, após uma polémica separação com o actor, instala-se no Brasil (1956) onde trabalha sem obter grande popularidade. Volta a Portugal em 1964 e integra o elenco do Teatro Experimental de Cascais afastando-se do teatro mais popularucho. Interpreta, sob a direcção de Carlos Avilez a peça de García Lorca A Casa de Bernarda Alba (1966) e, seguidamente, A Maluquinha de Arroios (1966) de André Brun e O Comissário de Polícia (1968) de Gervásio Lobato.

Em 1968 sofre um grave acidente de viação no Porto. Impossibilitada de voltar aos palcos, morre aos 56 anos na sua residência em Cascais e nessa vila foi atribuído o seu nome ao Teatro Municipal Mirita Casimiro.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Mirita_Casimiro


Maria Papoila

Sem saudades na lembrança
disse Adeus
À terrinha e mais ao mar

Trago na alma a esperança
E a fé em Deus
Parto a rir, parto a cantar

(Ai, ai, ai)

Despedi-me das ovelhas
Do meu cão das casas velhas
Do lugar onde nasci

(Ai, ai, ai)

Não me importa de ir à toa
Se o meu sonho é ver Lisboa
Mais ao mar, que eu nunca vi

Adeus ó terra
Adeus linda serra
De neve a brilhar
Adeus aldeia
Que eu levo na ideia
Nunca mais voltar


Diz que a sorte das pessoas
- Sempre ouvi -
Vai do nome que elas têm
Coisas más ou coisas boas
Vem daí
Pois comigo calha bem

Eu no campo era papoila
Tinha o nome de moçoila
Que na terra anda a lidar

(Ai, ai, ai)

Pois a sorte bem dizia
Como sou também Maria
Tinha d'ir p'ró pé do mar

(refrão)

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