Covilhã: Matias entrega pelouros a Pinto
O teor da carta não foi revelado
Joaquim Matias, vereador em permanência na Câmara da Covilhã ao longo dos últimos oito anos, deixa de ser vereador a tempo inteira no Executivo a partir desta quarta-feira.
A decisão foi comunicada ao presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, através de carta enviada na última segunda-feira.
O teor da missiva não foi divulgado, mas o vereador alega “cansaço” para deixar de desempenhar as funções de vereador a tempo inteiro, pouco mais de três meses depois da vitória do PSD nas eleições Autárquicas, após lhe terem sido distribuídos 12 pelouros – o dobro em relação ao interior mandato – e 18 competências delegadas.
Contactado pela Kaminhos Joaquim Matias disse que não está rota de colisão com o presidente nem com nenhum vereador da maioria afirmando apenas que “o cansaço é a causa próxima” da sua decisão.
A dúzia de pelouros que detinha deverá ser redistribuídos na próxima sexta-feira na reunião da Câmara da Covilhã que, a partir de então, além do presidente da Câmara da Covilhã, ficará apenas com mais três vereadores com funções executivas.
Entre os pelouros a redistribuir contam-se as relações com as Freguesias, Desporto, Associativismo, Saúde e Acção Social e Protecção Civil, detidos por Joaquim Matias e ainda a presidência do conselho de administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, liderada por Alçada Rosa que suspendeu o mandato, por um ano, e será substituído por Luís Barreiros, sexto da lista do PSD nas eleições de 9 de Outubro.
Joaquim Matias desceu de terceiro para o quarto um lugar na lista do PSD nas últimas eleições Autárquicas. Caso tivesse mantido o terceiro lugar, entretanto ocupado por Vitor Marques, Joaquim Matias seria, a partir da próxima sexta-feira, o vice-presidente da autarquia covilhanense.
Deixa pelouros e Esgalhado sobe à vice-presidência
O recuo do presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto perante “a promessa” de nomear Joaquim Matias como vice-presidente da Câmara da Covilhã, após a saída de Alçada Rosa terá estado na origem da renuncia aos pelouros exercidos ao longo dos últimos três meses, após as eleições Autárquicas de 9 de Outubro (...) terá desabafado junto de circulos mais próximos, que está "farto de trabalhar" e só receber "bofetadas" de Carlos Pinto. Matias sempre foi considerado muito "próximo" do Presidente. Mas alguns acontecimentos - políticos e não políticos - terão minado esta relação de confiança ainda no anterior mandato...
in Kaminhos
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