quarta-feira, outubro 31, 2007
Porque há pessoas assim...
Roteiro das Capelas da Serra da Estrela
Segundo o cónego Eugénio da Cunha Sério, presidente da Comissão Diocesana de Arte Sacra, que foi indicado pelo bispo D. Manuel da Rocha Felício para presidir ao grupo de trabalho que elaborará o roteiro, o projecto englobará os templos religiosos que se encontram «espalhados» por estes três concelhos da Serra da Estrela.
As capelas de Nossa Senhora da Estrela (Penhas Douradas - Manteigas), Nossa Senhora do Ar (Torre - Seia), Nossa Senhora de Assedace (Folgosinho - Gouveia), Nossa Senhora do Carmo (Manteigas), São Lourenço (Manteigas), Nave de Santo António (Manteigas), Senhora do Desterro (São Romão - Seia) e Senhora da Guia (Loriga - Seia), são alguns dos lugares de culto que poderão integrar o futuro «Roteiro das Capelas e Património Artístico e Natural com Simbologia Cristã da Serra da Estrela».
O cónego adiantou que a Diocese tenciona cativar os turistas para o património religioso da região serrana, «levando-os» a conhecer as capelas e ermidas que «foram construídas pelos nossos antanhos em sítios extraordinariamente panorâmicos».
Pretende-se «fazer com que as pessoas, caminhando de terra em terra, sem ser a correr, visitem esses locais e pensem no significado de cada imagem, na posição deste e daquele santo e no estilo próprio de cada igreja», afirmou.
Quando o roteiro estiver elaborado, o mesmo responsável considera que será necessário «explicar tudo isso aos visitantes e será necessário haver gente nas terras, com conhecimentos, que possa dar a sua quota-parte [de colaboração] ao projecto».
Eugénio da Cunha Sério salienta que a região serrana possui um rico património religioso, traduzido não só nos edifícios como nas estátuas dos santos.
«Nos concelhos de Seia e Gouveia temos muitas estátuas de santos e de Nossa Senhora feitas em pedra ançã, porque até finais do século XIX estavam unidos à Diocese de Coimbra e as paróquias têm um vasto património dessas imagens da escola de João de Ruão», apontou.
O responsável pela elaboração do futuro «Roteiro das Capelas da Serra da Estrela» indicou que a primeira fase do trabalho é «ir ao local e fazer um levantamento daquilo que há associado ao património religioso, à paisagem e ao turismo».
Na fase seguinte, os elementos serão tratados, com o objectivo de elaborar o roteiro, que «ainda demorará muito tempo a executar», vaticina.
Para que o trabalho resulte em pleno, Eugénio da Cunha Sério refere que será necessário envolver os párocos locais.
A ideia da criação de um roteiro que divulgue as capelas da Serra da Estrela foi lançada no dia 07 de Outubro pelo Bispo da Diocese da Guarda, durante a cerimónia de reabertura ao culto da Capela de Nossa Senhora do Ar, na zona da Torre.
Na ocasião, o prelado afirmou que a Serra da Estrela «conta com muitos lugares e muito património artístico ligado à simbologia cristã, que em muito pode ajudar as pessoas a fazerem ou refazerem este importante percurso espiritual ao encontro de Deus e no revigoramento da fé».
Defendeu a necessidade de «completar devidamente o inventário dos lugares e peças de arte cristã espalhadas pela Serra e suas imediações», para que depois possam ser elaborados «roteiros para que as pessoas possam dirigir-se a esses lugares».
segunda-feira, outubro 29, 2007
no more...
quinta-feira, outubro 25, 2007
O Beirão e a Estrela...
Teimoso como um Sísifo voluntário, nenhuma mudez original é capaz de o impedir de tornar audível o que esta afirmação promete de tenacidade, concentração, serenidade e consciência de si. Ou não estivesse a serra por detrás dos seus gestos! Medieval e tosco na capela dos Ferreiros, em Oliveira do Hospital, ajoelhado e renascido em Góis, fidalgo descobridor em Belmonte, viajante na Covilhã, guerrilheiro em Midões, pastor e camponês em toda a parte, ninguém o pode ignorar, porque ele desce a viseira, ergue as mãos, iça a vela, caminha, aponta a carabina, levanta a enxada ou maneja o cajado, e grita:
Olhai vós bem que este sam eu!
De cima da sua fraga primária, espelha-se nas águas claras do Alva, do Mondego ou do Zêzere, três rios que lhe sulcam a alma de frescura, lirismo e persistência, e vê-se de rosto sereno, vagamente irónico e malicioso, pronto a ir governar a nação, indiferente ao riso desconfiado do Minho, ao ar carrancudo de Trás-os-Montes, à nostalgia alentejana e à reservada mudez algarvia.
Não é o brilho que o impõe, nem a honradez, nem a inteligência, nem outras qualidades que o português não tenha. É uma obstinação de caruncho, muda, modesta, inflexível, incapaz da piedade de ceder ao seu próprio cansaço. Mas essa teimosia dá-lhe o triunfo e a convicção de que só ele pode e deve conduzir os destinos da pátria inteira. Sem o dizer, sem o afirmar, o beirão sente-se dono de Portugal. Cingido até fisicamente às estremas da sua courela, herda, contudo, o sentido absorvente e centrípeto da mãe. E vá de inventar uma Beira transmontana, uma Beira alentejana, uma Beira estremenha e uma Beira Litoral, enquanto não se lembra de arquitectar uma Beira minhota e outra algarvia. Não há casal, dos inúmeros que se espalham pela serra fora como pequenos rebanhos de ovelhas, onde não tenha nascido um desses homens sem brilho, apagados e humildes, que começam a tocar pífaro sobre uma lapa, e que às duas por três estão no Terreiro do Paço de aguilhada na mão.
Mas o beirão mais castiço e simpático não é esse ambicioso de poder e mando, quase sempre tão limitado psicologicamente como os seus nativos horizontes. É o que fica agarrado às berças, sepultado nos abismos do seu Piódão neolítico, e que todos os anos sobe ao Colcorinho para cantar na Senhora das Necessidades a canção do seu destino, íngreme como as encostas onde cultiva a esperança. Toada que em nada lembra a que embala a Senhora do Almurtão, ou a que desperta o S. Bento da Porta Aberta — a Virgem insofrida das praganas da planície, e o Santo
entorpecido da longa hibernação da montanha. Não. A Senhora das Necessidades ouve uma canção singela, nem muito quente nem muito fria, moderada e discreta como a da fé do romeiro.
A' oliveira da serra
O vento leva a flor...
À parda e doméstica árvore do Horto da Agonia foi o beirão buscar o símbolo de uma evasão que o transporte e lhe respeite a inércia da raiz. A flor que vá, mas a tancha que fique.
Ó ai, ó linda, só a mim ninguém me leva,
Ó ai, ó linda, para o pé do meu amor!...
Sim, nem mesmo para junto da namorada. A natureza humana é fraca, e o Demo tem artes de perder um homem de mil maneiras. Por isso, o mais seguro é deixar-se estar, enquanto as pétalas aladas levam o queixume de uma solidão que, sendo um sofrimento da alma, é um gosto do corpo.
Amoroso dos valeiros que fabrica com seixos e suor em cada barroca onde passa um fio de água, neles pega de estaca e viceja. Mas o instinto de conservação pode mais do que as amarras que o seguram. E, se a fome aperta, que remédio senão abalar! Em colónias, que é o grande tipo de emigração beiroa, o irmão a chamar o primo e o primo a chamar o amigo, não há sítio no mundo onde não chegue o seu braço. Qualquer trabalho lhe serve. Os duma povoação são varredores, os da povoação vizinha engraxadores, os da seguinte barbeiros. Nada de aventuras sem garantia. O avô foi leiteiro na Califórnia, o filho herda-lhe o ofício e transmite-o ao neto. Saem já com o destino talhado. E ainda com a condição de terem a retirada coberta. Essa prudência, aliada a um bairrismo descabelado, tornam o beirão capaz de uma tal ubiquidade humana, que ao mesmo tempo que moureja na América colabora activamente na construção do fontanário da sua terra. Há juntas de melhoramentos duma aldeola que têm o presidente e os sócios a milhares de quilómetros, noutro continente.
E que riquezas o chamam à consciência terrunha, além da lição original e absorvente da serra ?
Quase nada. Algum remendo de centeio nas quebradas, meia dúzia de belgas de milho nos nateiros dos rios, quatro azeitonas, uns tonéis de vinho do Dão, a lã, o leite e a carne duns centos de ovelhas, um rebanho de cabras, duas trutas e um punhado de maçãs. Mas tudo isso o beirão multiplica com o seu amor. Do caldo de couves faz um manjar, do azeite uma tibornada, da lã churra um cobertor de papa, e da carne de cabra uma chanfana de endoidecer. Faz estes milagres sem grande imaginação, pouco poeta e pouco artista, mas hábil, engenhoso e prático. Duma agricultura sem grandeza consegue uma abundância regrada, saborosa, com tigelada no fim.
Também lhe não acena uma paisagem límpida e aberta. A não ser nos boqueirões e nos píncaros da Estrela, onde se desce ao inferno e se toca o céu, enrugada e morena, a natureza beiroa só de quando em quando se espraia e alegra. Dir-se-ia que uma limitação de tamanho e de posses limita também o arco-íris do cenário. É quase preciso cair inesperadamente sobre certos recantos para os surpreender na intimidade nua das suas horas felizes. Alguns trechos do Alva, pedaços do vale do Zêzere, curvas do Mondego — são imagens para não esquecer pela vida fora. E até caprichosos arranjos de casario, aqui e além, se não conseguem o pitoresco e a graça de bonitas aldeias escaroladas e gaiteiras do país, são duma rusticidade tão tocante que comovem por isso.
Pouco sensível à estética, o beirão não cuida da beleza dos seus burgos. Mas ela surge-lhe mesmo sem ele querer, como os coelhinhos brancos nas leis mendelianas. E temos Avô, Coja e Celorico, por exemplo.
Dessa pobreza artística que o marca, e da ingratidão dos materiais de que dispõe — nas zonas de xisto a inventiva pára automaticamente —, sofrem os monumentos as consequências. Uma ou outra igrejinha românica, às vezes de pedra rolada, como a de Arganil, a estátua orante ou jacente de algum fidalgo de antanho, um pelourinho desgarrado, um solar perdido nos confins duma quinta, uma sé gótica e pesada na austeridade da Guarda, um pormenor sobrevivente da grandeza passada de Viseu, é quase tudo. O que fica, e que o inventário do bricabraquista pode ainda descobrir, não se impõe como valor. É uma perna de santo aqui, uma cadeira sem palha acolá, uma mísola mais adiante, cacos de presenças de excepção que não resistiram ao embate da vulgaridade. A pobreza do solo, a aspereza do clima e a configuração moral e mental do habitante não consentiram nunca nem os vagares da criação gratuita, nem os ócios da sua fruição. E é das coisas desconsoladas verificar que não aparece nas feiras da região um barro colorido, uma canga entalhada, um avental bordado. Tudo é neutro como as pedras da serra, a que é preciso descobrir beleza na coesão dos átomos e na serenidade com que assentam no chão.
Andei sempre à roda, à roda,
E sempre à roda de ti...
Não. Não se pode fugir ao magnetismo do íman que tudo atrai e que tudo dispõe. E é justo. Se alguma coisa de verdadeiramente sério e monumental possui a Beira, é justamente a serra. Portugal tem outras mais belas e agrestes — o Gerês, por exemplo. Outras com mais incorruptibilidade — o Marão, para não ir mais longe. Outras mais luxuriantes — como Monchique. Mas nenhuma se lhe compara na maneira larga como expande a respiração, no modo aberto como desdobra o manto. Em qualquer das suas rivais a emoção que se sente é sempre um espasmo. Um frémito rápido e agudo. Na Estrela, porém, é um demorado fruir de sensações, feitas de surpresas sucessivas. Há nela as três velhas dimensões necessárias a um tamanho: comprimento, largura e altura. O Marão é um seio que entumesceu num corpo; o Gerês um espinhaço que se fendeu ao meio; Monchique um jardim suspenso. Mas a Estrela é uma expiração de pedra que o quis ser sem literatura. As irmãs são mais cenários do que realidade; ela é mais naturalidade do que artifício. Por isso apenas se lhe apreende a grandeza tocando-a, como o tamanho de Gulliver só se descobriu quando os anões lhe escalaram o arcabouço. A Borrageira e o Pé do Cabril, do Gerês, as fragas da Ermida e a Pena Suar, do Marão, vêem-se de muito longe, como bandeiras festivas nos mastros das romarias. A Estrela, essa, guarda secretamente os ímpetos, reflectindo-se ensimesmada e discreta no espelho das suas lagoas. Somente a quem a passeia, a quem a namora duma paixão presente e esforçada, abre o coração e os tesouros. Então, numa generosidade milionária, mostra tudo. As suas Penhas Douradas, refulgentes já no nome, os seus Cântaros rebeldes a qualquer aplanação, os seus vales por onde deslizaram colossos de gelo, nos brancos tempos do quaternário. Revela, sobretudo, recantos quase secretos de mulher. Fontes duma pureza original, cascatas em que a água é um arco-íris desfeito, e conchas de granito onde se pode beber a imagem. O tempo demorou-se na solidão e no silêncio das suas lombas, e pôde construir à vontade. Abrir ruas, esculpir estátuas, rasgar gargantas, e até deixar desenhado o próprio perfil na curva de raio infinito de cada recôncavo.
Perder-se por ela a cabo num dia de neve ou de sol, quando as fragas são fofas ou há flores entre o cervum, é das coisas inolvidáveis que podem acontecer a alguém. Para lá da certeza dum refúgio amplo e seguro, onde não chega a poeira da pequenez nem o ar corrompido da podridão, o peregrino esbarra a cada momento com a figuração do homem que desejaria ser, simples, livre e feliz. Um homem de pau e manta, a guardar um rebanho, — criatura ainda impoluta do pecado original, para quem a vida não é nem suplício nem degradação, mas um contínuo reencontro com a natureza, no que ela tem de eternamente casto, exaltante e purificador.
Miguel Torga, PORTUGAL, Coimbra 1967
Visão Verde
http://aeiou.visao.pt/portugalverde/default.asp?content=15
Bairro...
noites de outros tempos no velho e saudoso Gingão...e um pontapé na... no Arroz Doce e... e... e.... e...
e um Álbum...
Bairro Alto - Noites Loucas Anos 80
01. What difference does it make? - The Smiths02. In between days - The Cure
03. True faith - New Order
04. The Cutter - Echo And The Bunnymen
05. This Corrosion - The Sisters Of Mercy
06. Sit down - James
07. Love will tear us apart - Joy Division
08. Sex dwarf - Soft Cell
09. She´s in parties - Bauhaus
10. Love my way - Psychedelic Furs
11. Rain - The Cult
12. No mercy - The Stranglers
13. I ran (So far away) - A Flock Of Seagulls
14. Wasteland - The Mission
15. Need you tonight - INXS
16. Step on - Happy Mondays
17. Here comes your man - The Pixies
18. Rattlesnakes - Lloyd Cole And The Commotions
e sem qualquer dúvida ...
Blister in the Sun - Violent Femmes 1981
When I'm out walkin' I strut my stuffMan,I'm so strung out
I'm high as a kite and I just might stop to check you out
Let me go on like I blister in the sun
Let me go on big hands I know you're the one
Body and heat I stain my sheets
I don't even know why
My girlfriend she's at the end and she is starting to cry
Let me go on like I blister in the sun
Let me go on big hands I know you're the one
When I'm out walkin' I strut my stuff
Man,I'm so strung out
I'm high as a kite and I just might stop to check you out
When I'm out walkin' I strut my stuff
Man,I'm so strung out
I'm high as a kite and I just might stop to check you out
Body and beats I stain my sheets
I don't even know why
My girlfriend she's at the end she is starting to cry
When I'm out walkin' I strut my stuff
Man,I'm so strung out
I'm high as a kite I just might stop to check you out
Let me go on like I blister in the sun
Let me go on big hands I know you're the one
terça-feira, outubro 23, 2007
Oh such a perfect day...? Ou apenas uma grande canção...
Lewis Allan "Lou" Reed (n. 2 de Março de 1942 em Brooklyn, New York) é um cantor, guitarrista e compositor norte-americano.
É por alguns considerado o pai da música alternativa, poeta das esquinas de Nova Iorque. Foi um dos vocalistas dos The Velvet Underground, influenciando Iggy Pop, New York Dolls e David Bowie. Mais tarde toda a cena pós-punk inglesa. (...)Admirador de Poe e Raymond Chandler, além de James Joyce, a quem faz referências em Blue Mask.
in http://pt.wikipedia.org/wiki/Lou_ReedJust a perfect day,
Drink sangria in the park,
And then later, when it gets dark,
We go home.
Just a perfect day,
Feed animals in the zoo
Then later, a movie, too,
And then home.
Oh its such a perfect day,
Im glad I spent it with you.
Oh such a perfect day,
You just keep me hanging on,
You just keep me hanging on.
Just a perfect day,
Problems all left alone,
Weekenders on our own.
Its such fun.
Just a perfect day,
You made me forget myself.
I thought I was someone else,
Someone good.
Oh its such a perfect day,
Im glad I spent it with you.
Oh such a perfect day,
You just keep me hanging on,
You just keep me hanging on.
Youre going to reap just what you sow,
Youre going to reap just what you sow,
Youre going to reap just what you sow,
Youre going to reap just what you sow...
WHO SANG WHAT ON "PERFECT DAY"?
This special recording was made for the BBC Children In Need Charity.
The accompanying video was shown regularly on BBC1 and BBC2 during the last quarter of 1997.
For Christmas 1997, the summer garden seen in the video was replaced by a snow-covered garden.
When the video was shown on the VH1 channel, captions identified each performer.
There were 29 artists or groups that sang or played on the recording and appeared on the video.
In order, and with the lines they sang, they were:
ACT | LINES |
Lou Reed | Just a perfect day, drink sangria in the park... |
Bono (of U2) | And then later, when it gets dark... |
Sky (of Morcheeba) | We go home.. |
David Bowie | Just a perfect day... |
Suzanne Vega | Feed animals in the zoo... |
Elton John | Then later a movie too, and then home... |
Boyzone | Oh, it's such a perfect day... |
Lesley Garrett (opera singer) | I'm glad I spent it with you... |
Burning Spear (reggae singer) | Oh, such a perfect day... |
Bono (of U2) | You just keep me hanging on... |
Thomas Allen (opera singer) | You just keep me hanging on... |
Brodsky Quartet | (instrumental link) |
Heather Small (of M People) | Just a perfect day... |
Emmylou Harris (country singer) | Problems all left alone... |
Tammy Wynette (country singer) | Weekenders on our own... |
Shane McGowan (of The Pogues) | It's Such fun... |
Sheona White (young musician of the year, 1997) | (instrumental link) |
Dr John (R&B singer) | Just a perfect day... |
David Bowie | You made me forget myself... |
Robert Cray (blues singer) | I thought I was someone else... |
Huey (of Fun Lovin' Criminals) | Someone good - yeah... |
Ian Brodie (of Lightning Seeds) | Oh, it's such a perfect day... |
Gabrielle | I'm glad I spent it with you... |
Dr John (R&B singer) | Oh, such a perfect day... |
Evan Dando (of The Lemonheads) | You just keep me hanging on... |
Emmylou Harris (country singer) | You must keep me hanging on... |
Courtney Pine (jazz saxophonist) & BBC Symphony Orch | (instrumental break) |
Brett Anderson (of Suede) | You're going to reap just what you sow... |
Visual Ministery Choir | Reap, reap, reap... |
Joan Armatrading | You're going to reap... |
Laurie Anderson | Just what you sow... |
Visual Ministery Choir | Reap, reap, reap... |
Heather Small (of M People) | You're going to reap just what you sow - yeah... |
Visual Ministery Choir | Reap, reap, reap... |
Tom Jones | Oh, you're going to reap just what you sow... |
Visual Ministery Choir | Reap, reap, reap... |
Heather Small (of M People) | You're going to reap just what you sow - yeah... |
Visual Ministery Choir | Reap, reap, reap what you sow... |
Lou Reed | Oh, what a perfect day. |
ou temos então Trainspotting...
Repost a propósito de uivos...
Situação Populacional do Lobo em Portugal: resultados do Censo Nacional 2002/2003
Pimenta, V.; Barroso, I.; Álvares, F.; Correia, J.; Ferrão da Costa, G.; Moreira, L.; Nascimento, J.; Petrucci-Fonseca, F.; Roque, S. & Santos, E. (2005). Instituto da Conservação da Natureza/ Grupo Lobo. Lisboa, 158 pp + Anexos.
Este trabalho, fruto de uma parceria entre o ICN e o Grupo Lobo, apresenta a situação do lobo em Portugal, divulgando, entre outros aspectos, a área de distribuição desta espécie protegida, a localização e historial de todas as alcateias conhecidas, a estimativa do número de lobos actualmente existente, bem como a tendência populacional verificada nos últimos anos. Constitui uma ferramenta essencial de suporte à gestão e conservação do lobo e do meio onde esta espécie se insere.
Está à venda por 15 € na Loja da Natureza do ICN e no Grupo Lobo.
Excelente mas para quando um novo levantamento ???
" Tendo em conta que tal, como já referido, a monitorização dos limites de distribuição da espécie constitui a melhor forma de monitorizar a tendência de uma população, dever-se-á investir também na monitorização das zonas limítrofes à área de distribuição da espécie, nomeadamente aquelas que apresentam características favoráveis à sua presença, como sejam por exemplo a Serra do Caramulo e a Serra da Estrela."
in Situação Populacional do Lobo em Portugal: resultados do Censo Nacional 2002/2003
Qual será neste momento a situação das Prováveis Alcateias do Pisco(Aguiar da Beira, Trancoso e Celorico da Beira), de Jarmelo (Guarda), e do Sabugal (Sabugal) ???
Pertinente a verificação, pois é toda uma área que circunda parcialmente o Parque Natural da Serra Estrela a Norte e a Este.
segunda-feira, outubro 22, 2007
e o Avô do Punk!!!
I am the passenger
And I ride and I ride
I ride through the citys backside
I see the stars come out of the sky
Yeah, theyre bright in a hollow sky
You know it looks so good tonight(...)
domingo, outubro 21, 2007
...somos filhos da Lã e enteados da Neve
Esquecidos pelo seu sucesso em vida e talvez pela sua atitude sublime de um certo nacionalismo apátrida como o brilhante Ferreira de Castro...
...quanto ao Neo-Realismo da Lã e a Neve, deixo isso para os entendidos...
(...)Pouco depois, Horácio entrava na Aldeia do Carvalho. O lugar, de ruelas sinuosas, becos soturnos, casas a derruírem de velhice e de pobreza, assemelhava-se, no seu aspecto físico, carregado de negrume, a quase todos os povoados beirões. A Aldeia do Carvalho distinguia-se de muitas outras apenas porque, em vez de se entregar somente a vida pastoril e agrícola, a maioria dos seus habitantes trabalhava nas fábricas da Covilhã. Horácio viera ali só uma vez; apesar disso, lembrava-se bem da casa de Manuel Peixoto, companheiro de pastoreio nos altos da serra. Justamente porque Maio ia no fim, ele temia que o amigo houvesse já abalado para as pastagens dos cimos.(...)
(...) Agora, na Aldeia, so há três rebanhos de ovelhas. O resto é tudo cabras. Os pobres não podem manter ovelhas. O rendimento das cabras é mais pequeno, mas sempre lhes vai dando o leitito, ate colherem o centeio e as batatas. Mas eu que não posso com cabras! —A sua voz entristeceu: — Não imaginas a ralação que tenho tido! Nunca pensei que tivesse de findar em cabreiro... Quando vi levarem as ovelhas que eu tinha vendido, parecia que me separava de pessoas de família, Deus me perdoe...(...)
Aldeia do Carvalho (anos 40)
Anos 40 (Operárias dos Lanifícios - Urdideiras...minha Avó)
(...)Um dia, quando os operários da Covilhã e da Aldeia do Carvalho saíram de suas viram todas as encostas, todas as dobras do terreno, todos os caminhos vestidos de branco. A cidade, num esporão da serra, obra de fantasmagoria, com telhados e perfis inverosímeis. E, na aldeia, tudo estava também assim extravagante, enterrando-se na neve os pés dos homens que, pela estrada, se dirigiam às fábricas.Às cinco da tarde, quando abandonaram o trabalho, continuava a nevar. Eles saíam para a obscuridade da noite que descia sobre o branco da terra e outros entravam para as fabricas, enregelados.
Pisando a neve que cobria a rampa da Covilhã, Pedro, atrás de outros operários, ia pensando nas duas raparigas de gorro que ele divisara dentro de um automóvel, Deviam estar, àquela mesma hora, depois de voltar do esqui, a aquecer as mãos junto da salamandra que ele vira, um dia, lá em cima, no hotel das Penhas. À gulosa mocidade de Pedro vinha o desejo de dormir, ao menos com uma delas, se não pudesse ser com as duas. Mas logo ele via outras mãos tirando as luvas de lã e estendendo-as também para a salamandra — as mãos de todos os rapazes que tinham passado nos automóveis, para as Penhas da Saúde. E entristecia como se lhe roubassem alguma coisa que já não era dele.
CONTINUA...
sábado, outubro 20, 2007
Azoreano Naufrago
"Covilhanense brilha nos Campeonatos Nacionais de Natação Adaptada - António Mangana, natural de Vila do Carvalho, foi campeão nacional de 50 e 100 metros livres, em representação de um clube açoriano, onde vive actualmente" Jornal Online da UBI,
Em 2006 o amigo Toni brilhava, em 2007 reluz tremendamente e para o ano pá, ??? estás como é que hei-de dizer isto?! Olha não interessa...Vais estar Feliz!!!! Eu hei-de beber um copito ou dois, ou três...
Azoreano Náufrago
Dei à costa a 4 de setembro... Relatos de um quotidiano Mariense.
sexta-feira, outubro 19, 2007
Rockabye Baby! Lullaby Renditions of U2
20 de Outubro dia da Cidade - Covilhã
10h45- Içar da Bandeira e Hino Nacional pela Filarmónica Recreativa Carvalhense, na Praça do Município.
11h00- Assembleia Municipal, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Covão da Ponte
Receita de mulher...efeméride Vinicius...
repost...
Receita de mulher
As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança,
qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize
elegantemente em azul,
como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso
que súbito tenha-se a
impressão de ver uma
garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só
encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas
que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso,
é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que
umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então
Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas,
e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras:
uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário.
É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!).
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser frescas nas mãos, nos braços, no dorso, e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.
Vinicius de Moraes
Nova espécie de Ave Endémica na Madeira
A Birdlife International reconheceu o Bisbis Regulus madeirensis como espécie endémica da Madeira.
Até agora o Bisbis era considerado uma subespécie endémica do arquipélago da Madeira. No entanto, a existência de distintas diferenças físicas e na cor da plumagem levaram à realização de diversos estudos que permitiram confirmar que a população da Madeira forma um grupo afastado da ave presente no continente europeu.
Esta ave pequena, com peso médio de 6 gramas, está presente apenas nas ilhas da Madeira e Porto Santo.
Edição especial dedicada ao Ambiente
18.10.2007 - 14h20 Lusa
A primeira edição especial da “Visão Verde”, o nome que será dado a todas as edições especiais anuais, vai para as bancas na próxima quinta-feira, dedicando quase 90 por cento dos conteúdos a questões ambientais, disse hoje o director da revista, Pedro Camacho.
Com cerca de 200 páginas, a edição vai contar com trabalhos especiais sobre a preservação da natureza, reportagens, cronistas especiais, entrevistas com ex-governantes da área do Ambiente e um desdobrável com as principais espécies de árvores.
Apesar de ser um número temático, "os assuntos da actualidade incontornáveis também vão estar presentes", assegurou o director.
"A ideia é repetir todos os anos uma edição especial, que estará sempre associada a um projecto especial", explicou, referindo que a criação deste número temático é apenas uma das vertentes de um projecto de sensibilização e promoção de acções relacionadas com o ambiente, intitulado "Portugal Verde".
Uma árvore por cada revista vendida
Em parceria com os hipermercados Continente (grupo Sonae), a “newsmagazine” detida pela Edimpresa vai oferecer uma árvore por cada número vendido.
A meta é oferecer, durante este ano, cem mil árvores aos municípios que aderirem à iniciativa. "Neste momento, já 18 Câmaras Municipais de grandes cidades portuguesas manifestaram interesse", adiantou Pedro Camacho.
Além desta acção, a Visão vai oferecer, também em parceria com o Continente e com o apoio da Associação dos Amigos da Serra da Estrela, dez milhões de sementes de carvalho, o que irá traduzir-se em um milhão de carvalhos para plantar na Serra da Estrela.
Ainda no âmbito do projecto "Portugal Verde", a revista vai lançar o programa "HiperNatura", que aposta na recuperação de zonas verdes dentro das cidades, como recriar ou reequipar jardins públicos, limpar matas urbanas e criar novas zonas de lazer ao ar livre.
"As questões ambientais estão no quotidiano da Visão há muitos anos", afirmou, destacando que estes temas "ganharam uma nova dimensão e chegaram à consciência colectiva".
"O ambiente é uma questão central para o futuro colectivo e será uma área privilegiar a nível editorial".
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1307957&idCanal=10
quinta-feira, outubro 18, 2007
Lagoas da Estrela...
...mais um blogue sobre a Serra da Estrela, mais propriamente sobre as suas lagoas, em boa hora.
Parabéns Nuno Adriano
quarta-feira, outubro 17, 2007
Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza
O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza celebra-se dia 17 de 0utubro.
Instituído pela primeira vez pela resolução 47/196 de 22 de Dezembro de 1992, é hoje umas das datas oficiais da ONU. Este dia é uma manifestação de mais um esforço internacional para conjugar forças e assegurar a busca de soluções para fazer frente à pobreza e ao subdesenvolvimento.
Lança-se então aqui um desafio moral, simples, mais muito significativo. Amanhã “ Levante-se e faça-se ouvir”, mostre a sua indignação e enderece a sua solidariedade. As nossas vozes e o nosso “LEVANTAR contra” estará presente em acções de rua, escolas, empresas, locais de culto. Em 2006, 23.5 milhões de pessoas em todo mundo levantaram-se contra a pobreza. Entre as 21h do dia 16 e as 21h do dia 17 de Outubro, não fique indiferente, participe e sensibilize os que estão mais perto de si, leia o manifesto contra a pobreza, dialogue, faça um minuto de palmas, seja criativo. Os registos das acções devem ser efectuados através do site www.pobrezazero.org/levantate.
Em Castelo Branco o Núcleo da Amnistia Internacional associa-se a esta campanha, juntamente com o Agrupamento de Escolas José Sanches de Alcains e a Escola Secundária Nuno Álvares, em Castelo Branco.
Em todas as salas de aula do Agrupamento de Alcains, no dia 17, às 10H20, alunos e professores vão levantar-se e ler o manifesto contra a pobreza, juntando-se assim a este apelo global. Na Secundária Nuno Álvares as actividades decorrem ao longo de todo o dia, com a apresentação de uma comunicação sobre o tema da pobreza, leitura do manifesto e outras actividades.
Amnistia Internacional (Portugal)
Jornadas Transfronterizas: Ecoturismo y Desarrollo Sostenible. El Lobo en España y Portugal
El sábado 20 y el domingo 21 de octubre se celebrarán en el castillo de Puebla de Sanabria (Zamora) las “Jornadas Transfronterizas: Ecoturismo y Desarrollo Sostenible. El Lobo en España y Portugal”.
La inscripción es gratuita y contará con la presencia de diversas personalidades como el biólogo y director de documentales
Para más información:
medioambiente@pueblasanabria.org
o llamando al teléfono 980 620 002
BLOG HERMANO LOBO
Patrimonio Natural - Tierras Fronterizas
Centro Temático do Lobo Ibérico "Tierra de Lobos"
Em terras de Robledo de Sanabria, aldeia rodeada de amplos espaços florestais, onde se localiza a maior densidade de lobos da Europa Ocidental, e muito mais próxima do Parque Natural de Montesinho (onde o lobo está legalmente protegido), ficará instalado o Centro Temático do Lobo Ibérico "Tierra de Lobos".
Trata-se de um parque vedado com aproximadamente 15 hectares a instalar em terrenos que são propriedade da Câmara Municipal de Puebla de Sanabria, destinado à observação, estudo e protecção desta espécie em vias de extinção. No interior dos seus limites, ficarão distribuídos espaços diversos onde serão alojadas várias famílias de lobos, em condições de semi-liberdade. A sua observação e estudo serão feitos a partir de pontos de observação ou a partir de percursos protegidos dentro dos espaços vedados. Num edifício de apoio instalar-se-ão a recepção, informação, logística e administração do parque. Todo um conjunto de infra-estruturas e equipamentos (área de estacionamento, instalações sanitárias, bancos, etc.) completarão as condições de conforto e funcionalidade.
Um especial cuidado traduzido numa rigorosa e exaustiva análise do impacto e riscos inerentes como das vantagens e contrapartidas previsíveis, presidiu o estudo de localização e das formas de utilização e aproveitamento desta estrutura.
O espaço de intervenção do Projecto é o do Parque Natural de Montesinho, com uma área aproximada de 75. 000 ha, nos concelhos de Vinhais e de Bragança em Portugal, e o do Espaço Natural da Serra da Culebra e do Parque Natural do Lago de Sanabria com cerca de 66.000 ha e 22.500 ha, respectivamente.Este espaço corresponde, em boa parte, ao sistema montanhoso que se estende pelos dois lados da fronteira, das serras de Coroa, Teixeira e Segundera (a poente), pelas serras de Montesinho e Atalaya e vale de Sanabria (ao centro), até aos contornos suaves e de reduzida altitude da serra da Culebra, diluindo-se para leste no vale do Esla, já na imensa planície da Meseta castelhana, que as vizinhas Terras do Tera, de Tábara, de Aliste e de Alba começam a anunciar.
Este sistema de serras encontra-se sulcado de oeste para leste pelo vale do rio Tera, coroado pelo lago glacial de Sanabria. A imensa bacia hidrográfica da barragem de Ricobayo, no rio Esla, e as duas de Cernadilla, Valparaíso e Nuestra Señora del Agavanzal, no Tera, transformaram os vales destes rios numa gigantesca reserva hídrica, enquadrada num meio por vezes escarpado e por vezes mais plano e menos agreste, mas sempre com uma elevada qualidade estética e ambiental. A Sul encontram-se os vales encaixados das nascentes dos rios Tuela e Sabor que marcam a transição para as terras já de menor altitude da parte portuguesa num majestoso cenário de cores e formas com a Serra da Nogueira no meio, a impor a continuidade da montanha nos limites das duas bacias.